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cronicas-->O querer e o não querer -- 04/01/2007 - 07:45 (Deborah Douglas) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
O QUERER E O NÃO QUERER

Nossa mente nos leva a querer ou a não querer. Seja por costumes impregnados pela sociedade, seja por condicionamentos que carregamos ao longo da vida ou por expectativas em querer que algo de bom e de fora aconteça, estamos sempre no desejo de algo. Pode ser que queiramos alcançar o equilíbrio, pode ser que queiramos um novo emprego, talvez estabilidade no amor, talvez uma amizade sincera. Seja lá o que for, sempre olhamos primeiramente para fora, buscando apoios, conselhos e exemplos que nos dêem alguma condição de conseguirmos realizar nosso desejo.

Tudo isso acontece quando queremos alguma coisa. Mas e o não querer? Não quero encontrar com tal pessoa, não quero perder o emprego, não quero o mal do meu filho, não quero que meu namorado me dê o fora. Quantas coisas também não queremos. E também tomamos atitudes em relação a isso. Muitas vezes nos fechamos, muitas vezes demonstramos muita coisa que não somos, nos preocupamos demais ou até nos isolamos da situação para ver se temos alguma outra alternativa.

Será que tomar todas essas atitudes quando queremos ou não alguma coisa, não nos prejudica mais do que se deixarmos a vida tomar seu rumo?

Vou lhes dar um exemplo próprio. Recebi de presente de minha alma o dom de escrever. Comecei a escrever simplesmente o que sentia, só para desabafar. Aí percebi que havia um certo talento no que escrevia e, como necessitava de dinheiro, pensei prontamente em fazer disso algo lucrativo. Continuei escrevendo até que parei para pensar. Será isso mesmo que quero? Não, foi a resposta, eu não sou assim. Eu sempre fui simples. Necessitar de dinheiro para viver, isso todo mundo precisa, mas a pressão externa era tanta, que o meu desabafo na poesia já estava virando ganància. E o por quê disso? Porque busquei satisfação externa e, juntamente com a necessidade, acabou gerando stress e ansiedade. Porque olhei mais para o mundo externo, me comparando aos escritores que ganham dinheiro e não percebi que a minha realização já tinha sido conseguida. Minha realização? O simples dom e prazer de escrever. O meu desejo já estava dentro de mim, totalmente realizado.

Claro que isso é só um exemplo. Porém existem situações como a busca do equilíbrio, por exemplo, que requerem muito mais análise interna do que propriamente cursos e terapias e exercícios e leituras externas.

O querer e o não querer, na maioria das ocasiões, exige uma análise fria e calculista do nosso jeito de ser, para que possamos enxergar o que realmente é nosso profundo desejo, e não simples comparação com a pessoa do lado. Nem tudo que é bom para o outro, pode ser bom para nós. Assim, prefiro agora não ser submissa em relação à vida; continuar, sim, vivendo com força, mas deixando mais a vida e, principalmente minha vida, me dizer o que é realmente bom para mim, ao invés de simplesmente querer ou não querer somente porque outras pessoas assim estipularam que era bom, ou que era ruim.

A partir dessa concepção de vida, ficou muito mais fácil me conhecer, continuar a me amar e usufruir de um grande bem estar. É muito bom estar de bem consigo mesmo.


Deborah Douglas (pseudónimo Alma Collins)
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