Eu tinha uma esperança louca
que me ouvisses, mesmo distante,
que adivinhasses os acórdes do meu coração.
Eu tinha uma ansiedade adolescente,
que vinha das manhãs em que acordava contente, sem nenhuma explicação.
Eu via um doce encantamento em tua voz,
ouvia-a como os girassóis da ilusão
e não eram teus sussurros que me abriam,
mas as frases de tua mais linda emoção...
Eu tinha uma certa alegria inocente,
de raiar em luz, tua esperança
e era o cantar das cigarras...
e era o flamejar da inspiração...
Eu tinha uma certa magia,
que encantava os deuses,
que me abria em sacrifícios...
e era tão verdadeira esta minha intuição.
Eu tinha um amor tão bonito,
em flor, verso e pensamento...
mas eu era um simples botão.
Eu tinha uma dor pequena,
que desaparecia, ao entoar nossa canção.
Eu tinha umas certas manias
de acreditar em promessas vãs...
Eu tinha uma esperança,
guardada na lembrança... de anos e anos,
que de fato acreditei,
que tudo valeria à pena...
Hoje, não sei!!!
Despedida
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