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Poesias-->O FRANCO ATIRADOR -- 28/03/2000 - 16:39 (sidney pires) |
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O FRANCO ATIRADOR
Tudo começou
Não era nem tardinha
E começou
Como quase tudo começa
Sem razões, nem porquês
Penetrou-me rapidamente
E alastrou-se até que
Irremediavelmente
Nos veios da alma
Opressa
E sem pé
Nem cabeça
Valha-me Deus
Um sentimento de urgência
De espanto e de pressa
Fez estação de recreio
Eu creio
No imo
Dos meus anseios,
Cruz credo!
Eu me pus em marcha rude
Andando a passos de trem
Locomotiva
Louco emotivo
Nem o sei bem
Até parar
Um pouco
Os meus passos
De louco
Sem saber quanto andei
Não lembro onde fui
Ou por que ia apressado
Lembro apenas que trazia
Além da cabeça vazia
Um coração magoado
Cansado
De olhar “carregado”
Ao intentar sondar as nuvens
Atingi em cheio o astro-rei,
Juro que foi sem mirar!
E o sol ferido
De morte, no peito,
Caiu no céu de mansinho
Avermelhou o horizonte inteirinho
E foi morrer no mar
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