O que me irrita mesmo é essa covardia do ser humano (referindo-me essencialmente ao gênero masculino). Essa inércia sentimental, essa racionalidade passiva, este sexo submisso aos encantos do feminino. Patéticamente vazios e acomodados, deixam-se acreditar por induções culturais, como desculpa "instintivas"."Somos assim e pronto".
Fodam-se vocês, patéticos e hipócritas. Vocês são escravosda regra que essa sociedade falida redige. Vocês crescem, arrumam um emprego, uma namorada que lhes dÊ o rabo quando vocês estão afim. Mais tarde vocês reproduzem, se a "gatinha" não ficar prenhe antes, é claro. E assim, nesse vai e vem, de brigas, flertes e baladas aleatórias, vocês fingem uma "vida", que está sempre entre o mundo adulto de seus pais e o mundo jovem de seus amigos.
Vocês, homens sentimentalmente hipócritas, deixam que a mulher da sua vida lhe passe perante os olhos, sem sequer agraciá-la com um simples movimento.
Patéticos homens covardes, cujas pseudo vidas irão cobrar as noites mal dormidas, pelos pesadelos que virão.
Os covardes serão submissos e medíocres pela existência, enquanto dessa covardia não surgirem movimentos causados pelo transtorno de olhos brilhantemente provocantes fitando os seus.
Sim, patéticos covardes, sucumbam com a vivacidade de meu olhar, com a sutileza do meu passar. Sim, malditos covardes, enterrem-se na sua realidade patética e cinza, com suas enamoradas mudas de pernas abertas, com seu emprego mecanicista. Tornem-se avessos ao conhecer, ao saber. Encarcerem-se no seu casulo até que apodreça e engula o último suspiro de vida que lhes restar.
Homens covardes, sentimentalmente covardes. Perturbados, transtornados pelo brilho de um olhar. São escolhidos, têm um chance e são covardes demais para abraçá-la.