Usina de Letras
Usina de Letras
152 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62213 )

Cartas ( 21334)

Contos (13260)

Cordel (10450)

Cronicas (22535)

Discursos (3238)

Ensaios - (10356)

Erótico (13568)

Frases (50606)

Humor (20029)

Infantil (5429)

Infanto Juvenil (4764)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140798)

Redação (3303)

Roteiro de Filme ou Novela (1062)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1960)

Textos Religiosos/Sermões (6185)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Cronicas-->EU DESISTI E ME ARREPENDO! -- 03/02/2007 - 13:49 (Sandro Nicodemo - Bandana®) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Bom, como já devem ter percebido, uma das minhas motivações para escrever é a liberdade que encontro em fazer paralelos entre assuntos, metaforizando acontecimentos, trazendo ao leitor visões diferentes da mesma situação, aparentemente, sem relação entre si. Vamos registrar mais uma então que me preocupou!

Estava eu sentado, navegando pela net, tocando alguns projetos, quando começo a sentir uma coceira num dos dedos do pé, não lembro em qual agora, só sei que coçava. Logo em seguida, uma coceira próxima ao calcanhar e outro foco na panturrilha, então percebi que havia um pernilongo enchendo a pança! Olhos cansados, três pontos de coceira no corpo - graças a um inseto faminto - resolvi ir me deitar, praticando minha tolerància com o bichinho chato.

Sentindo um baita calor, cubro-me com um leve lençol estampado, imaginando que naquele exato momento iniciaria meu adorável sono. Estava errado, completamente errado! Meu inimigo salta da trincheira rumo a minha direção e inicia um barulho insuportável, que mais me lembrava àquelas cornetas do exército. Guerra declarada!

Suporto por alguns segundos o barulho interminável daquele zunido, o sono se vai, a preguiça começa a dar lugar ao desespero de eliminar o inimigo. Não dá mais, ele é insistente, teimoso, maldito! Levanto de minha cama, acendo a luz, fecho a porta do quarto e fico atendo ao barulho que, nesse momento e hora da noite, dominava o ambiente. Incrível a altura e o quanto aquele som irritava! Circulei o olhar por toda a atmosfera contida entre aquelas quatro paredes e nada! Nem um ser voador por lá! De repente, o barulho cessa. Vitória! O bichinho se cansou, resolveu ir dormir e levantar a bandeira branca, aliás, sou maior e mais esperto, certo? Errado!

Deito-me novamente, com uma sensação de herói. "- Agora, dormirei em paz!". Antes que surgisse o ponto de exclamação da minha curta frase, adivinhem: início do segundo ato! Resumindo, a mesma história repete-se por mais três vezes, sendo que numa delas, estive bem próximo, mas quando deferi meu golpe fatal, o alvo saiu voando, rindo escandalosamente da minha cara!

Desisti, deitei-me, conformei-me, coloquei o travesseiro sobre minha cabeça e rezei para pegar no sono o mais rápido possível. Uma sensação de incompetência, humilhação, incapacidade! Um inseto me deu um baile e me deixou sequelas! Olhem-me escrevendo sobre isso aqui! Bom, me pergunto, o que tenho que aprender com isso? Simples!

A vida está cheia de dificuldades, em todos os àmbitos, muitas incomodações, e o que fazemos? Colocamos o travesseiro na cabeça para não ver, não ouvir, não sentir! Ótima solução! A causa solta, um pequeno problema rindo da sua cara e preferimos aceitá-lo como normal, "-Ah, deixa ele aí.". Esse pernilongo mostrou-me como devo ser, ainda mais persistente, a não ser que eu prefira continuar ouvindo zunidos insuportáveis me incomodando, enquanto os pernilongos e outros insetos, inclusive aqueles que se dizem racionais, continuam rindo da minha cara!

Bandana®
(03/02/2007)
Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui