Usina de Letras
Usina de Letras
196 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62152 )

Cartas ( 21334)

Contos (13260)

Cordel (10448)

Cronicas (22529)

Discursos (3238)

Ensaios - (10339)

Erótico (13567)

Frases (50554)

Humor (20023)

Infantil (5418)

Infanto Juvenil (4750)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140788)

Redação (3301)

Roteiro de Filme ou Novela (1062)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1958)

Textos Religiosos/Sermões (6177)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Contos-->RIQUINHO -- 02/01/2013 - 22:55 (Adalberto Antonio de Lima) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

                        Todo final de semana, Dona Carmosina abatia um frango para o almoço domingueiro. Se não fosse o prodigalismo do filho, a ave faria fatura na casa onde moravam apenas mãe e filho.

Viúva há mais de 15 anos, ela ganhava o sustento da família, lavando e passando roupas para os mais abastados moradores do antigo povoado Pitinha, que, emancipado, tornara-se São João da Lagoa, uma cidade do Norte de Minas.

Camosina nunca quis outro homem dentro de casa. Homem dá trabalho demais, dizia ela. Custara-lhe muito criar o filho sozinha, até tornar-se adulto, beirando os trinta janeiros...

Era exatamente no dia de descanso da mãe, que Gildásio lhe dava mais trabalho: meses e anos a fio, o único filho que lhe deixara o falecido marido, trazia amigos para comer e beber de graça em casa. “Filho criado, trabalho dobrado”, pensava ela lá com seus botões...

Sem nada reclamar, suportava os desmandos do filho. Para ela aquele menino tinha sido a única herança que recebera do marido. “Menino bom! Ainda haverá de ser gente na vida”.

 Nas primeiras horas de um domingo comum, ela cuidava dos afazeres. Precisava apressar-se, logo os amigos de Gildásio chegariam de mãos vazias e voltariam no final da tarde, de barriga cheia.

Aquele dia pareceu comum como tantos que se repetiam ao longo dos anos, mas não foi! O menino agora, já homem feito, teve um lampejo: “Nem relógio trabalha de graça...quem quiser comer e beber, vai ter que pagar.”

Os primeiros chegados entreolharam-se. Estavam diante de novo cenário: numa mesa arrumada na pequena varanda, pratos e copos vazios esperavam os convivas, mas nada lhes era servido: nem bebida, nem tira-gosto.

Impaciente, e, de certo modo, afoito, Miguilim pediu para quebrar uma. Queria beber cachaça... o tira-gosto viria como consequência do primeiro pedido.

Como uma cena ensaiada, muitos pigarrearam a garganta, sem dúvida, uma confirmação de que também queriam molhar a goela.

- E aí, Gil! Não vai sair uma pinga?...

- Tá na hora do amigo colaborar – disse o anfitrião.

Miguilim deu-lhe dois cruzados. Em seguida, outros deram pelo menos um cruzado...

Nocaute, ( na pobreza)

Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui