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cronicas-->Apelidos -- 07/02/2007 - 07:42 (AROLDO A MEDEIROS) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

Vinha eu cá pensando com meus botões quando me lembrei que a maioria das pessoas, além do nome próprio, carrega um apelido. Lembrei-me então dos amigos, ou simplesmente colegas, ou mesmo apenas conhecidos. A primeira pessoa que veio a essa pequena cabeça foi o Prefeito. É um apodo de pompa ou, digamos, um título que impõe respeito. Se o conhecermos, logo se repara que é um chamamento com descaso.
Além desse, outro que dá galhardia é o de Campeão. De tanto chamar de campeão para os colegas de trabalho passou a ser chamado com essa alcunha, principalmente quando todos queriam completar a frase, mas não tinham coragem: Campeão de Horas Extras.
Tem apelido que só é dito para a própria pessoa, pois além de ser chulo, enobrece ou empobrece o ouvinte: João Tabaco, Picinha e Guasca.
Existem alguns que a gente não sabe de onde vêm e, portanto não requer explicação, como é o caso de Guaiaca e Pua.
O próximo apelido fui eu mesmo que presenteei. Meu amigo Osni era homónimo de um cantor gaúcho de pouca fama e que levava o complemento de Bossoroca. Logo eu o estava chamando, com carinho e sem apelação, por esse suplemento. E todos foram atrás.
Existem alguns que advém de defeito físico e não era bom que assim os conhecêssemos. Todavia, nesse mundo de competição, sempre tem alguém querendo diminuir os outros, dando-lhes nomes que os depreciem: Gago e Dezoito (faltavam-lhe dois dedos na mão). Se ele não fosse o Presidente da República o alcunharíamos de Lula Dezenove.
Alguns têm relação com animais, aves e insetos. Um porque quando corria não tirava os pés do chão parecendo um Pato. Um garoto e uma garota ganharam o mesmo nome de uma ave porque tinham o rosto muito miúdo e ficaram conhecidos por Curreca e Curruíra. Já aquele que chegava ao serviço de óculos escuros, fizesse sol ou chuva, foi parabenizado com o título de Carocha.
Tem gente que se arrepende de ter feito algo que se destacou perante os outros. Foi o caso de Lambido que apareceu para treinar com o cabelo cheio de gel fixador.
Alguns repetem exageradamente certa palavra e acabam sendo chamados por ela. Foi o caso do meu amigo Paixão e da minha amiga Estrafego.
O mais interessante dos que me lembrei é de uma senhora que ganhou uma madrasta e não queria chamá-la de mãe, nem de madrasta e muito menos pelo próprio nome. Quando dirigia a palavra para a substituta de sua falecida genitora, sempre começava a frase usando a expressão olha aqui. Com o tempo as palavras foram se juntando e até hoje a madrasta é conhecida por Olhaqui.
Alguns são lerdos em seu serviço, outros, pelo contrário, são rápidos no gatilho, digo, no serviço, e ganham com galhardia o apelido de Ligeirinho ou Zeca Bala.
Nomes da cidade de proveniência são muito comuns e escolhi somente três, pois os conheci pessoalmente: Imaruí, Imbituba e Laguna.
Algumas mulheres são lindas por natureza. Outras não foram agraciadas com o modelo de beleza apreciado pelos homens e às vezes ainda não se ajudam, cobrindo-se com roupas ridículas que parecem pertencer ao século passado. Ganham o apelido sarcástico de Top Model e, se soubessem, provavelmente mudariam o modo de vestir.
Por fim, vou homenagear um dos meus melhores amigos cujo apelido se restringe aos familiares e sei que não se aborrecerá, pois o mesmo nem sabe de onde ele vem essa estranha alcunha: Soleto. Espero que não me apelidem. Mas se assim o fizerem, me apliquem um apodp, cognome, epípeto, qualquer coisa que eu não fique sujeito a apupo, chacota, deboche, galhofa, troça, ou qualquer zombaria.
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