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Cronicas-->JANELAS -- 10/02/2007 - 12:01 (Roberto Stavale) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
JANELAS


Não pretendo chover no molhado, nem ensinar algumas palavras em inglês para quem quer que seja, mas o mais famoso programa para rodar milhões de computadores no mundo chama-se Windows, isto é, janelas, em português de Portugal e de outros países ultramarinos, cuja língua oficial é a de Camões, para alegria de uns e desespero de outros.
O inventor destas diabólicas janelinhas, um tal de Bill Gates, deveria ser excomungado pelo Vaticano, se fosse católico, é claro, ou condenado à prisão perpétua, por crimes contra as minhas parcas economias!
Não é à-toa que o majoritário da Microsoft é o cidadão mais rico do planeta Terra. Quiçá do Universo.
Este moço, que trabalhava em uma outra empresa de computação nos Estados Unidos, deve ter ficado acordado durante alguns meses para criar este milagroso invento!
Pensou, pensou e bolou o plano infalível e infernal.
Não me recordo ao certo, mas os primeiros programas Windows tinham a sequência inferior ao 3.1. Pois foi com um 3.1, no ano de 1994, que se deu o meu primeiro contato com a última maravilha do mundo moderno. A penúltima, falavam as más línguas, tinha sido a Sophia Loren.
Ledo engano!
Quando eu já estava familiarizado com o dito cujo, e na maior intimidade, no bom sentido da palavra, pois trabalhava com ele e seus periféricos até de olhos fechados, o maligno senhor lançou o Windows 95.
Foi aquele pega pra capar!
O consumismo - não vamos confundir com comunismo, pois o Bill não tolera o socialismo, apesar de vender milhões de janelas aos chineses e a outros países agarrados à foice e ao martelo - este, o consumismo, falou mais alto e o obsoleto 3.1 teve de ir para o lixo.
Titubeei, abalado pelos meus princípios conservadores. Pus a mão no bolso e no final de 1996 estava com o Windows 95.
Até apreender as modificações que o degenerado Bill tinha feito no programa, perdi noites e mais noites de sono.
Veio o ano de 1998 e, com ele, o Windows 98.
Pensei bem com os meus botões e resolvi ficar com o 95 para o resto da vida.
Que nada! O endiabrado Bill, propositalmente, não deixou que outros programas rodassem no antigo 95. Lá fui eu com a cara e a coragem comprar o tal de 98. Como estão vendo, ou lendo, mais despesas e preocupações!
Depois de alguns meses de adequações com o novo Windows, pela primeira vez achei que este era o ideal. Até pensei em mandar algumas flores para o meu inimigo. Mas resolvi ficar na minha.
Conforme o século XX terminava, as mudanças na informática aconteciam da noite para o dia. O que era novo em um dia, no dia seguinte já estava ultrapassado.
Com isso, o nosso amigo Bill, de uma enxurrada só, lançou uma série de Windows, todos ao mesmo tempo.
Os nomes chamavam a atenção. Mas, para desespero do Bill, eles não foram bem aceitos no mercado devido a alguns problemas. Se não me falha a memória, eram o 2000 e o NT.
Não migrei para nenhum deles. Permaneci fiel ao 98, jurando, mais uma vez, a eterna união com o programa. Entendam bem, estou me referindo ao software, e não a programas com garotas de aluguel!
Porém, para espanto de todos, principalmente o meu, o bilionário Bill, aproveitando o novo século, lançou o XP.
Fui tomado por um desespero ímpar. Tinha me tornado fã incondicional do 98. Minha paciência balançou outra vez.
Certo dia, soube pela mídia que o meu desafeto tinha acabado de vez com o Windows 95. Cancelou até os updade do 95 na Internet. Fiquei imaginando o que faria se o atropelador de janelas acabasse com o 98 também.
Relutei um bom tempo até que, em 2003, entrei numa loja do ramo e, depois de xingar bem alto o tal Bill Gates, para espanto de todos os presentes, comprei o XP, um novo Oficce e mais alguns cacarecos, todos fabricados pela Microsoft. Fui para casa com o pacote debaixo do braço, ainda atónico por ter de mandar o 98 para o lixo, como já tinha feito com o 3.1 e o 95, em menos de sete anos.
Estamos em fevereiro de 2007 e de todas as janelas, mesmo pensando na 98, o XP, sem dúvida alguma, está sendo a melhor de todas.
Mas, no último dia 30 de janeiro, o insaciável Bill lançou o Windows Vista, com as festas e discursos de sempre, dizendo que será o último.
Espero perder de vista este tal de Vista, pois só me separarei do meu querido XP quando este senhor, Bill Gates, em pessoa, entrar em minha casa e pedir ajoelhado para que eu faça uma nova troca!
Será?


Roberto Stavale
Fevereiro de 2007
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