A vida moderna repleta de tecnologia nos dá a impressão de estarmos vivendo na melhor das épocas, de que estamos totalmente seguros, mas como diria Arnaldo Jabor, na verdade vivemos numa Disneylândia cercada de homens-Bomba.
As sensações já não traduzem a realidade, até elas estão sendo enganadas por esse mundo irreal que criaram para nos fazer acreditar que a vida é completa, que está tudo no seu lugar, como somos babacas em acreditar “neles”(quem são eles? Nós é que não somos).
A força que move o mundo da infância é a imaginação, uma criança imagina a si mesma, ela se inventa e cria o seu próprio mundo, a criança é o adulto de olhos fechados mas que vê todas coisas sem vê-las, não tropeça nas próprias pernas, tropeça sim na sua inocência.Pois é assim que “eles” querem que sejamos, eternas crianças brincando no jardim de infância.
Tenho raiva de pessoas que se acham inteligentes e ficam vomitando palavras sem sentido, tenho raiva das pessoas que só falam de si mesmas, que só enxergam a si mesmas e o pior disso é que a maioria das pessoas são assim, isso me faz às vezes me sentir um “outsider”, é uma sensacão boa, mas ninguém percebe que me sinto assim.
Eu gosto de poesia, acho que a poesia é uma maneira simples de você se traduzir ou se codificar, o poeta coloca no papel sua essência, transforma em palavras uma parte de sua alma, às vezes parecem românticos quando na verdade estão sendo trágicos, cômicos quando queriam ser tristes.
A obrigação da felicidade é algo que me indigna, para mim é como uma paisagem na janela que apenas podemos olhar, como um corredor longo e sem fim, uma miragem como aquelas de dias quentes que se formam no meio da estrada, a felicidade para mim é algo irreal, algo que não almejo, mas isso não faz triste nem infeliz não, viu! Isso me faz sentir real, realista, a vida são só sensações, sombras, ninguém a experimenta na carne em toda a sua plenitude.
E esse papo de liberdade? Que besteira não(queria muito ter escrito “merda ‘no lugar de besteira..putz!saiu.).Tá somos livres e daí? Pra ficar vendo essa porcaria( queria muito ter escrito “bosta” mais ficaria deselegante e muito ofensivo...é) que vemos todos os dias, mulheres mostrando a bunda( muito ofensivo? Que tal ‘traseiro”? Hipócritas!), peitos cheio de silicone, essa geração que se acha punk e fura o corpo com percings e só são punks de butique, não tem ideologia e são meros consumistas que a indústria explora com voracidade.
Tô parecendo um velho falando, né? Melhor, muito melhor, acho que nasci tarde demais, queria ter nascido nos anos 50, para ter aproveitado quando o mundo ainda tinha ideologias e quando nem tudo ra comercial, hoje “eles” já tomaram conta, ficou sem graça viver.
E eu me sentido um “outsider”, que babaca que eu sou, acho shopping um lugar legal para passear, tomo coca-cola pra relaxar, escrevo no Word, que babaca, que “outsider” de merda, ainda por cima usando termos em inglês, que idiota.Tô parecendo mal-humorado, sem esperança, negativo, revoltado e etc, imagina!
Sabem quem são “eles”?
Vou te dizer quem são eles, são as corporações que são donas de tudo e mandam no nosso destino, eles criaram essa idéia de liberdade só para você consumir “coisas” e de tanto você consumir essas coisas eles vão se impregnando em você e você acaba se transformando nessas coisas que você consome.Não estou me excluído não.(olha aí o babaca ‘outsider” falando)
Vivemos num imenso vídeo-game onde o amor virou uma “coisa” narcisista onde na verdade só amamos a nós mesmos, onde só o novo interessa, um feitichimo total, as pessoas só se excitam sendo outras, querem sempre estar fantasiadas, negam o tempo inteiro a si mesmas, droga de mundo ambíguo que nos faz sentir como baratas tontas !
Globalização maldita que só globalizou o tédio e a mentira que esse mundo é um bom lugar para se viver, essa sensação de impotência, essa velocidade de acontecimentos que não serve para nada...mas quer saber?
Tô nem ai!( eu e a Luka que canta essa música irritante no meu rádio todos os dias)