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Cartas-->CARTAS DO IMPÉRIO I - proporcionalidade eleitoral... -- 23/02/2004 - 11:42 (José J Serpa) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
A TODOS OS USINEIROS CURIOSOS:

A história repete-se. Ralph Nader, como há quatro anos é de novo candidato à presidência dos Estados Unidos.

Não é que seja novidade a presença de mais um candidato no certame. Há quatro anos havia bem mais de uma dezena deles. A maior parte deles estão totalmente esquecidos. Quem é que se lembra de Harry Browne, de Howard Philips, John Hagelin, de James Harris? As pessoas lembram-se de George Bush de Al Gore, talvez de Patrick Buchanan... e de Ralph Nader que ficou em terceiro lugar.

Ralph Nader apenas conseguiu 2,74% do voto popular. Uma ninharia. A distância a que se colocaram Gore e Bush, 48,38% e 47,87% respectivamente, é tão grande que os 2.882.955 de votos de Nader parecem isso mesmo, uma ninharia, insignificantes.

Parecem mas não são. Nas últimas presidenciais Ralph Nader foi acusado de, com os seus míseros 2,74% do voto, ter roubado a vitória a Al Gore e, de facto, garantido a eleição de Bush.

Isto aconteceu porque os quase três milhões de votos de Nader eram na sua quase totalidade votos democráticos que teriam ido engrossar a vantagem de Gore e tornado impossível a burrice do colégio eleitoral que acabou por eleger Bush, contra a expressa vontade popular.

Sem Nader, e admitindo que os seus eleitores iriam às urnas, Al Gore teria tido uma vantagem, não de meio milhão de votos, mas de mais de três milhões. Em vez de 48,38% do voto popular, seriam 51,12%. Isto poderia ter dado ao processo uma dinânmica de maior clareza que tornasse impossível a discrepância entre os resultados do voto popular e de os do colégio eleitoral.

E é exactamente por isso que quando, ontem, Ralph Nader anunciou a sua candidatura, os democratas ficaram rubros de raiva e o republicanos contentes como um menino que recebe um presente de anos.

Tudo isto é apenas uma leitura superficialíssima dos problemas eleitorais estado-unidenses a que prometo voltar em breve. Para se ter uma ideia da complexidade das questões subjacentes baste indicar a falta de proporcionalidade na expressão do voto eleitoral.

Nas eleições presidenciais de 2000, antes dos 25 votos do Estado da Flórida serem atribuidos, Gore tinha ganho 266 votos eleitorais e Bush 246. Depois de todas as contagens, re-contagens e mal-contagens dos cerca de seis milhões de votos populares da Flórida, Al Gore ficou com 50% e Bush com outros 50%. Se os vinte e cinco votos eleitorais, a que a este estado tem direito tivessem sido lançados em proporção ao voto popular, Gore teria tido, digamos 13 e Bush 12. O resultado final teria sido 278 para Gore e 259 para Bush.

Se o que se está passando na Corte lhe interessa, dentro de dias, volto com mais uma CARTA ABERTA DO IMPÉRIO.

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