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Poesias-->DIZER -- 21/09/2016 - 04:37 (MARIA CRISTINA DOBAL CAMPIGLIA) |
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DIZER
Nem sempre colaboram as palavras
e comparecem;
escondem-se no meio das cavernas
de todos os dias
e sopram para afastar as idéias
ou
entram nos rodamoínhos
das armadilhas de sempre
perdem-se retalhadas
e abandonam-me.
Então pareço com o inverno
e as coisas são lajotas de frio
lisas como paredes de açougue.
Não há aquela linha que alinhava
o que falta e o que tenho
para respirar.
De algum lugar desconhecido
no entanto
elas brotam como pássaros,
peixes desenhados
e alguma coisa entrega
fogueiras
de graça
e é possível segurar-se do trapézio
para tocar nas palavras que voam
e quem sabe acertar algumas boas
que ajudem a driblar a estupidez
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