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cronicas-->O DESABAMENTO -- 17/03/2007 - 07:20 (Wilson Vilar Sampaio) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


O DESABAMENTO(dezembro de 1972)

Estava eu em casa, folheando um jornal, quando vi o anúncio de um filme " Django e Sartana, até o último sangue ". Como não tinha nada para fazer, resolvi assistir o filme. Mudei de roupa e uma hora depois, já com o ingresso comprado, esperava para entrar no "Art Palácio" (cinema que não mais existe e ficava à rua da Palma).

Subi para ver o filme do primeiro andar e me sentei numa poltrona perto da sala de projeção. Passou o jornal, passou propaganda do governo, passou cenas de filmes que seriam exibidos brevemente; mais propaganda do governo e finalmente, começou o filme: Expectativa geral- quem é Django? Quem é Sartana? Ninguém sabia ainda... aliás só iríamos saber nas últimas cenas e depois de muitas mortes, tiroteios e brigas mil.

Na tela, um dos " heróis" depois de ter dado uma surra em dois malfeitores, entrou no "Sallon" e quando novamente a coisa ia esquentar para ele, o negócio começou a esquentar dentro do cinema. Primeiro eu ouvi uma zoadinha no teto... olhei para cima e junto com uma pequena nuvem de pó, ouvi uma zoadona. Pensei: " O cinema está desabando, vou correr daqui" .

Levantei-me de um salto e disparei em direção à saída. No caminho encontrei umas cem pessoas inteligentes que tinham tido a mesma idéia minha e então gerou-se o chamado pànico.

Vi o rapaz que corria na minha frente se esborrachar de encontro a porta que dá para a sal de espera do primeiro andar do cinema.; vi outro levar uma queda " pra cinema". Eu e outras pessoas estávamos batendo o recorde de velocidade e salto sobre obstáculos(cadeiras, gente caída etc). Vi uma pobre moça estendida no chão sem que ninguém pensasse em ajudá-la. Nosso lema naquele momento era: Um por si e Deus por todos!

Segundos depois chegamos à porta de saída e descobrimos que tinha sido alarme falso... tinha sido o retoque de gesso aplicado ao teto, que não foi bem lixado e por isso, soltou-se no decorrer a seção, fazendo a tal nuvem e a zoada das rachaduras se formando.

Fui beber água, mas inexplicavelmente a fila estava enorme. Algumas pessoas ensaiaram um"arzinho" de riso que não deu certo. Eu ainda estava branco como um palmito quando voltei para assistir o resto do filme... porém desta vez, fiquei no térreo, em pé e junto à porta de saída, para qualquer eventualidade.

Ah., fiquei sabendo quem era Django e quem era Sartana, e finalmente, para encurtar a história, apesar do rapaz que levou o corte no rosto , entre mortos e feridos escaparam todos, graças a Deus!



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