PATRIMÕNIO X PATRIMÓNIO
Ontem, eu me sentia chateado e para espairecer fui visitar um velho conhecido: O mar.
Aquela imensidão de águas que longe, muito longe, se abraçava com o infinito num beijo puro e doce, unindo permanentemente a terra com o céu.
Levantei os olhos deslumbrado com o espetáculo que me era oferecido. As estrelas coloriam o infinito e de vez em quando, ao cintilarem, parecia que deixavam cair gotas brilhantes de seus corpos- como lágrimas - molhando o negro manto de Deus.
Meus olhos maravilhados se embeveciam com estas coisas que desde pequeno via e que achava simplesmente bonito, mas que só agora entendia a profundidade desta beleza.
O mar e o céu pareciam querer lembrar-me que apesar de ser apenas um ponto infinitesemal no conjunto das coisas; de ter muitos defeitos e poucas ou nenhuma virtudes, poderia sempre que quisesse, erguer os olhos e me deliciar com o que há de mais belo existente ao nosso alcance. E além disso, eles me diziam que aquela beleza infinita pertencia a todos, fossem pobres ou ricos; santos ou pecadores! Pertencia a todos os credor, a todas as raças.
Diziam-me também que todos nós éramos iguais perante Deus e que todos nós éramos património de Deus... e foi aí que acabou a poesia e começou a dura realidade: Deus deveria criar urgentemente um Departamento no céu, para preservação do seu património(nós), antes que os humanos se destruam uns aos outros pelos vários métodos de aniquilamento(fome, guerra, discórdia, poluição, desemprego, futurólogos) e se tal Departamento desse certo, que mandasse os seus responsáveis para abrir uma filial aqui na terra, com a finalidade de ensinar-nos a proteger os nossos patrimónios naturais, porque aqui, NINGUÉM SABE!
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