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Cartas-->Carta aberta a minha paixão de carnaval -- 29/02/2004 - 22:26 (A. AAA) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Carta aberta a minha paixão de carnaval

Para Jú

Enquanto a embriaguez me direcionava ao nada eu te procurava sem saber porque, quem seria você?
Tanta gente, tanto suor, tanta alegria no ar. Eu como todos estava no clima, divertindo, pulando e bebendo. Como tudo era radiante, simples, todos felizes, e no meio de tudo e
todos, estava você, doce baiana, faceira, de sorriso de espuma do mar, corpo feito com as mais delicadas pinceladas, e olhos de semente de cacau. Fiquei encantado ao te ver, e seu balanço me seduzia ao poucos.
Olhava para você insistentemente e você correspondia discretamente. Fui te conhecer e espontaneamente, falei como estava encantado com sua beleza, como você era linda, e fixando me aos seus olhos vi a sua meiguice de menina transparecer. Te pedi carinhosamente um beijo e você sutilmente sorriu afirmando que sim.
E como era macio seu beijo, como sua boca se encaixava tão firme na minha. E ao meio do alto som, de pessoas felizes e ao sabor do álcool beijávamos incansavelmente, insensatamente e assim ficamos a noite.
Trocamos palavras belas como se fossemos dois antigos namorados. Seu sotaque soava como um canto de pássaro para mim, e eu viajava a tempos longínquos, procurando explicar a que bem aventurada ascendência você pertencia.
Bem digo os portugueses, os índios, os negros, e a Bahia.
Naquela noite eu entendi sua alma e você entrou em sintonia comigo, estava eu abismado
em como tudo é tão perfeito quando encontramos uma pessoa especial como você.
Andando pela praia percebi que aquela noite seria especial. Sentei em um tronco de arvore, e você no meu colo. A noite foi maravilhosa, parecia um sonho, e neste balancê víamos o sol vencer o horizonte e nascer preguiçosamente aos poucos. Você cansada da noitada pediu para ir, e fomos num caminho longo porem curto ao seu lado. Tudo era explicável ao seu lado e os mistérios do universo pareciam se resumir em uma só palavra naquele momento, paixão. Enfim chegamos a sua casa nos despedimos e o álcool não me deixou pedir qualquer contato seu. E assim foi, ainda olhei para trás a tempo de te ver e você instintivamente também olhou para trás. Eu não tinha pegado nada que pudesse te localizar depois.
No dia seguinte eu me lembrei de você, tinha me dito que iria embora cedo. Fiquei triste, queria te ver. Tentei lembrar do nome da sua cidade, você me disse que era uma cidade pequena no interior da Bahia. Pensei, chegando as Minas eu olho em um atlas e procuro, quem sabe assim lembro o nome da cidade. Foi decepcionante, não me lembrava de nada, tantas cidades. Lembrei que você iria se mudar para Portugal no final do ano mas isso não me ajudaria. Fui me sufocando na minha solidão de nunca mais poder te encontrar. Triste estou de encontrar com uma pessoa com tamanha afinidade a mim e te perder assim. Maldita bebida.
Tudo parece parado, e eu penso a todo momento em você. Tento me distrair, raramente consigo, seu semblante ainda é forte na minha memória. Mas aqui eu te imortalizo na minha memória, nos meus manuscritos, e você eternamente, quando eu abrir esta carta, inundará minha memória com seu calor e seu suave perfume, e minha boca pedira a sua e meus olhos se fixarão no imaginário, idealizando o seu meigo olhar, e eu suspirarei, “ Que baianinha ”. Agora uma lagrima rola, uma mistura de raiva da minha memória e um pouco de ternura, de poder levar você pra sempre em mim, quando eu ouvir falar a palavra Bahia. Escrevendo, me sinto mais perto de você...

Beijos, minha prenda.
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