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Cronicas-->Um Presidente de Banco Aloprado -- 19/03/2007 - 08:47 (Wilson Vilar Sampaio) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
UM PRESIDENTE DE BANCO ALOPRADO
-publicado no jornal interno Cacex News n. 04- junho de 1992-.

O Sr. Lafayete Coutinho, presidente do Banco do Brasil, de tanto ouvir o funcionalismo queixar-se dos baixos salários, encheu o saco e resolveu dar um basta ao assunto fazendo um pronunciamento oficial através do DEB 729(informativo do BB), do dia nove de junho de 1992.

Nele, o entronizado presidente reconhece a defasagem salarial que nos atinge " toda vez que ele contempla o próprio contra-cheque"(palavras dele).

Reconhece também que existe crise financeira e económica e que elas estão " ruças" e, após umas delongas a mais, aponta uma solução de mestre para que os funcionários do BB possam melhorar os parcos vencimentos: " Cobrar os débitos dos milhares de clientes inadimplentes ". Dito isso, o professor Lafayete ensina : " O papel de um banco é captar, emprestar e receber " , e finaliza sua lição aconselhando os funcionários a não poupar esforços para ir em busca desse dinheiro espalhado pelo Brasil afora, pois só assim, melhorando o resultado financeiro do banco, poderia ele melhorar os salários!

Ao ler o pronunciamento do presidente, colocando o problema de forma tão simples, fiquei matutando, assuntando, pesquisando, rememorando e cheguei à conclusão que nós(funcis) estamos lascados... é que nós não escolhemos os nossos gerentes e superintendentes e são eles que deferem os empréstimos e aceitam as garantias oferecidas pelos tomadores. Quando o valor do empréstimo proposto fica acima da alçada deles, o deferimento é feito pela Direção-Geral do banco, em Brasília, que inclusive escolhe os gerentes e superintendentes.

Assim, como é que os funcionários vão poder filtrar os pedidos de empréstimo, concedendo-os apenas àqueles que tenham boas referências como pagadores e ofereçam garantias reais compatíveis com o valor tomado?

Para que o banco receba uma dívida é necessário que exista bens garantindo tal dívida. Se não, como executar? Como ajuizar uma dívida cuja única garantia é um aval ou fiança de quem não possui património nenhum? Ora, em tais casos, o empréstimo não era nem para ser concedido, mas - desafiando à lógica - foi aprovado e quem deferiu não é responsabilizado, pois quase sempre o problema é jogado " muito para adiante " e só aparece várias administrações gerenciais depois.

A única solução possível é criar uma comissão de funcionários em cada agência, eleita pelo voto universal e com poder de VETO sobre a concessão de empréstimos. Como isso não seria viável pois fere o princípio da hierarquia e confronta-se com a atribuição administrativa dos executivos do banco, só resta aos funcionários amargar a já insossa política salarial do banco e toda semana " fazer uma fezinha no bicho".





















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