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Cronicas-->Palhaçadas bolivarianas -- 19/03/2007 - 17:12 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
PALHAÇADAS BOLIVARIANAS

Huascar Terra do Valle - Advogado e Escritor

Um ano antes de sua morte, ocorrida em 1830, o grande herói iluminista Simón Bolívar, El libertador, cuja memória tem sido profanada pelo histrião-caudilho Hugo Chávez, legou-nos palavras proféticas, de impressionante atualidade:

"Durante vinte anos tive o poder e tirei umas poucas conclusões inquestionáveis: 1. A América é ingovernável por nós. 2. Quem serve à causa da revolução perde tempo. 3. A única coisa a fazer na América é emigrar. 4. Este País cairá infalivelmente nas mãos de um bando desenfreado de tiranos mesquinhos de todas as raças e cores, que não merecem consideração. 5. Devorados por todos os crimes e aniquilados pela ferocidade, seremos desprezados pelos europeus. 6. Se fosse possível que parte do mundo voltasse ao caos primitivo, esta parte seria a América."

Desde da fundação do Foro de São Paulo, a América está voltando ao caos primitivo, como sempre aconteceu em países que adotaram o comunismo. Vários países estão caindo nas mãos de tiranos mesquinhos (alguns camuflados de democratas), como Fidel Castro, Noriega, Hugo Chávez, Néstor Kirchner, Evo Morales e Lula, fundador do Foro de São Paulo e, nas horas vagas, presidente do Brasil. Outros comunas são os presidente do Chile, Equador e Uruguai, e outros vêm por aí, na esteira do populismo barato que seduz os latino-americanos.

Uma demonstração deste caos foi a visita do presidente Bush a países da América Latina. Em todo o Continente houve demonstrações de rua, queimando bandeiras dos Estados Unidos e bonecos do presidente Bush. Na Argentina, que foi aliciada por alguns bilhões de petrodólares bolivarianos, o biltre Chávez financiou frotas de ónibus para trazer idiotas da periferia para aumentar o volume das passeatas e para encher o estádio onde fez um comício, como sempre, com sua lenga-lenga contra Bush e os Estados Unidos. É a velha técnica consagrada por Hítler: arrebanhar a massa ignara por meio de um inimigo comum.

Nota-se, pela aparência dos manifestantes, que se trata de pessoas do mais baixo nível: moleques de rua, arruaceiros, vagabundos, pivetes, bebuns, bandidos, vàndalos, marginais e também estudantes, de mentes imaturas, manipulados pelos comunas. Especializaram-se em organizar badernas de rua como se fossem manifestações expontàneas da população. Uma verdadeira palhaçada, mas funciona, principalmente pela cumplicidade da mídia, que divulga as manifestações de meia dúzia de marginais como se fosse o clamor de toda uma nação.

Os manifestantes não sabem quem é Bush, quem são os Estados Unidos, e, a troco de alguns centavos, fazem manifestações contra qualquer causa. Uma palhaçada, totalmente incompatível com o ideário da verdadeira democracia. É a volta do caos primitivo profetizado por Bolívar. E o líder deste caos é o psicopata Hugo Chávez, um louco perigosíssimo, porque tem os bolsos recheados de petrodólares e está comprando a consciência de vários países.

O tresloucado está se armando fortemente, adquirindo aviões, navios e submarinos de última geração, enquanto o Brasil compra sucatas voadoras da França. O passado de glórias de nossa pátria está ameaçado por um futuro de humilhações.

Por que estamos caindo neste precipício? Há alguns séculos o Brasil estava mais adiantado que os Estados Unidos, e um mapa deste país ostentava os dizeres: tierras de ningun provecho. Por que os Estados Unidos evoluíram e enriqueceram tanto, enquanto o Brasil, hoje, não passa de um caudatário do novo líder das esquerdas no continente, o energúmeno Hugo Chávez?

A História nos responde. Os Estados Unidos foram fundados sob os princípios do Iluminismo, que representam o ápice da civilização ocidental, exatamente o oposto da barbárie. Não à-toa o grande Roberto Campos diagnosticou sucintamente o drama de nossa época: "O dilema esquerda-direita acabou. A dicotomia que hoje vivemos é entre o Iluminismo e a barbárie".

O Iluminismo é o fim do absolutismo e da tirania, é a divisão dos poderes, a igualdade dos cidadãos perante a lei, a separação absoluta entre igreja e Estado; o Estado de Direito (o Império da Lei), a supremacia da razão sobre a autoridade, o triunfo da ciência sobre a superstição, a ênfase no homem e neste mundo, antes que em especulativas noções sobre uma vida após a morte; respeito à propriedade privada; garantia ao cumprimento de contratos; o fim do autoritarismo e do coletivismo, a supremacia do individualismo e o principio da responsabilidade pessoal (e não coletiva), com seu aspecto político representado pela democracia e seu aspecto económico pelo capitalismo.

Os países que adotaram os princípios do Iluminismo prosperaram e os países que só os adotaram parcialmente tiverem índices de progresso proporcionalmente menores. Os que não os adotaram regrediram à barbárie, como a Alemanha de Hítler, a Itália de Mussolini, os países comunistas e certos países árabes, como o Afeganistão dos talibãs e o antigo Iraque. Os países bárbaros, sempre tiranias ou teocracias, são obcecados com a guerra, como Cuba, Coréia do Norte, Irã. Os países iluministas só fazem guerras defensivas e não incorporam territórios alheios, como os Estados Unidos, que salvaram o mundo em duas guerra mundiais, libertaram vários países, como Cuba, Panamá e Filipinas e ajudaram a reerguer seus antigos inimigos, como Japão e Alemanha. Hoje estão sendo azucrinados pela Coréia do Norte, Irã, Síria e os paus-mandados do sargentão Hugo Chávez, inclusive nosso Presidente.

A decadência do Iluminismo é obra da tentativa de volta do absolutismo e do coletivismo, representado pelo socialismo-comunismo, uma religião profana disfarçada de teoria política-económica, lançada em 1848 por Karl Marx e Friedrich Engels, no famigerado Manifesto do Partido Comunista, que se inicia com estas palavras proféticas: "Um espectro ronda a Europa - o espectro do comunismo". Poderiam ter dito: "O espectro da barbárie, agora com nova roupagem".

Temos que reconhecer a progressiva derrota do Iluminismo frente ao avanço da barbárie do comunismo, principalmente no Brasil, que caiu nas mãos de um comunista espertíssimo e de um partido que exibiu, em seus quatro anos de mandato, o maior espetáculo de roubalheira e corrupção jamais sonhado nem pelos mais pessimistas dentre os autodenominados cientistas políticos. Bárbaros não têm ética!

Só quem é cego não percebe o caos que atingimos, vaticinados pelo iluminista Bolívar. Basta assistir aos noticiários televisivos, com sua oferta diária de fatos escabrosos: balas perdidas fazendo várias vítimas por semana, policiais sendo executados em serviço e fora dele (recentemente onze foram eliminados em uma semeara), menino de seis anos arrastado por sete quilómetros por pivetes ladrões de carro, dezenas de sequestros por semana, criança de ano e meio sendo estuprada e assassinada; escolares sendo executados na saída das aulas, menores aos milhares sendo aliciados pelo mundo do crime e da prostituição, para se beneficiarem do Estatuto do Menor, quadrilhas especializadas em assaltar caminhões ou bancos, pelo interior do País; as pessoas com medo de sair às ruas entregues a bandidos e morando em fortalezas, pois o governo não proporciona segurança (que saudades dos tempos do regime militar!), arrastões em praias e condomínios de luxo.

A corrupção campeia solta em todos os níveis do governo, minando os recursos que deveriam ser empregados para o bem da Nação. A Controladoria apurou irregularidade em mais de 90% das prefeituras do interior, que frequentemente não passam de quadrilhas de malfeitores. Não é surpresa, pois o Procurador Geral da União declarou que o governo petista não passa de uma organização criminosa. O exemplo vem de cima.

Além disso, com todo nosso potencial de crescimento, o Brasil continua patinando, disputando com o Haiti a lanterninha do crescimento económico, com uma tributação predatória duas vezes maior que de outros países emergentes. E crescendo! O Congresso e até a cúpula do Poder Judiciário revelam-se submissos diretamente ao presidente e indiretamente ao Foro de São Paulo e seu novo chefe, o demoníaco Hugo Chávez. A legislação e o burocratismo selvagens impedem a criação de empresas. A corrupção campeia em todos os níveis; a impunidade é um estímulo para a bandidagem. As estradas estão esburacadas. A roubalheira "legal" das tais indenizações aos perseguidos políticos é um escàndalo. O plano megalomaníacos da transposição das águas do São Francisco custará, de fato, cerca de 20 bilhões e promete ser uma fonte infinita de corrupção. Se isto não é o caos, o que é?

Finalmente, um brilhante pensamento do ilustre pensador liberal J. O. de Meira Penna: "Atribuir o nazismo e o comunismo ao Iluminismo é uma ofensa à razão". Assino embaixo.



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