Falsas feridas
A teoria de seus cadáveres
Locupleta as sombras instintivas:
Longo arrepio da procissão,
Uma cisão explícita,
Uma guerra, um quintal,
A apoteose do pânico.
Verde fumaça sob o manto colérico,
Corre o arrebol e sucedem-se as pistas.
A metralha mastiga a sintaxe-
Os olhos carregados em vermelho
Expulsam ironias afinadas.
Pluriperfeita causalidade,
Adornada por barbatanas de aço.
O exílio meditativo aponta
Para o grito redentor –
País de covardes, de parciais posses,
De falsas feridas...
(Eder Kamitani)
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