Àquela noite dormi sentada
e sonhei, ainda que apressada,
o sonho do amanhã.
Vi bocas submetendo-se mudas,
ao que não deveria ser calado.
Vi mãos atadas,
ao que deveria ser desprezado.
Vi olhos cerrados
a tudo que não era vão.
Vi uma bandeira hasteada
e
lestras gastas
descreviam o fim de uma nação.
Vi cores também:
era o verde azia,
o amarelo apatia,
o azul ausência
e o branco da incompetência.
Um povo vestia essas cores
e,em dores proclamava...
Foi quando acordei assustada
e resolvi deixar de sonhar. |