Ultimamente tenho ficado verdadeiramente fascinado por épocas em que eu nem tinha nascido ainda, ando ouvindo Elvis Presley apaixonadamente e queria muito ter vivido naquela época dos anos 50, deve ter sido muito divertido, talvez por estar tão triste com essa pós-modernidade, com todo esse lixo de cultura superficial e consumista que temos hoje, eu prefira mesmo o romantismo e a ingenuidade dos anos 50.
Estes dias andei lendo muito sobre essa época em busca de coisas que eu não tenho hoje, em busca de valores, de sonhos que hoje foram devorados pela tecnologia, viraram fumaça na chaminé das fabricas, derreteram-se sob o calor da discórdia e da ganância e se afogaram nos rios vermelhos que escorrem das mãos dos senhores da guerra.
E então me encontrei com Marilyn Monroe, alguém que para mim sempre foi o estereótipo da loira burra, aquela cena antológica da sua saia branca voando e sua pequena pinta no canto do rosto são seus maiores símbolos , sabia muito pouco sobre ela e essas sempre me foram suas referencias e mais nada.
Mas nada como demolir velhas crenças e conhecer melhor a história de alguém para não julgar de forma injusta, Marilyn sempre foi sinônimo de sensualidade feminina, mas ainda era uma sensualidade um pouco mais sutil que a de Carlas Peres e Sheilas Carvalhos rebolantes na boquinha das garrafas, não nasceu loira(na verdade era ruiva), mas como dizia o titulo de um dos seus filmes mais famosos, os homens preferem as loiras(calma amor eu prefiro você, tá?Não vá me dar um daqueles beliscões!).
(Tenho um amigo que diz:”Nos homens adoramos as loiras, mas nos casamos é com morenas”).
O mito de Marilyn é claro que foi bem construído pelo famigerado “show bussines” americano que vendia a sua imagem e faturava bem alto com isso, aliás talvez tenha sido ela que até hoje influencie essa epidemia de loiras no Brasil,mas por de trás desse mito existia uma mulher como outra qualquer e que teve uma história de vida muito triste e serve um pouco para mostrar que nem sempre a beleza é garantia de sucesso e de felicidade.
Como sua mãe era muito doente, ela foi enviada para um orfanato, de onde saiu para ser entregue a pais adotivos quando já tinha idade suficiente para varrer e lavar pratos e quando tinha quinze anos, já havia morado com onze famílias diferentes.
Primeiro virou modelo e depois atriz( veja que isso sempre aconteceu), no início tudo foi muito difícil, mas aos poucos foi conseguindo papeis melhores e quando tinha assinado o seu primeiro grande contrato o estúdio descobriu a foto de um calendário que ela tinha tirado nua sob um fundo vermelho e isso havia lhe rendido míseros 50 dólares na época .Quando Marilyn revelou que havia feito o trabalho por necessidade de dinheiro, o público ficou comovido pelo passado trágico da atriz, em vez de condená-la publicamente.
Marlyn casou-se três vezes( a primeira foi aos 16 anos, bem antes da fama) a segunda foi com Joe DiMaggio, o Pelé do beisebol, mas justamente a cena que a tornou famosa para a eternidade foi o motivo do final de seu casamento, por puro ciúmes dele(acho que qualquer um sentiria).
Marilyn tinha prestígio de estrela, mas não era levada a sério como atriz e estava irritada com os pápeis de "loira burra"que recebia.
Os homens que tiveram romances com Marlyin a descrevem como alguém infantil e insegura, não precisamos ser gênios para saber os motivos, ela deveria ser uma pessoa muito carente de amor por tudo que passou na vida e ninguém a entendia.
Por conta dessas inseguranças e feridas na alma, Marilyn se envolveu com drogas e com álcool precisou ser internado e foi Di maggio que a ajudou.
Seu envolvimento com John Kennedy começou depois que eles foram apresentados por Peter Lawford, casado com a irmã do presidente.Famoso mulherengo, John dispensou Marilyn e enviou o irmão Bobby para acalmá-la, que também teve um romance com ela. Como ele também era casado,logo terminou seu caso com ela, que ficou desesperada.
Marilyn foi encontrada pela secretária Eunice Murray,estava na cama nua, de bruços, com o fone fora do gancho nas mãos. A dose letal de nembutal que teria tomado foi dada como causa da morte. Até hoje existem dúvidas se foi acidente ou assassinato, motivado por suas ligações com os Kennedy.
Quem cuidou do enterro foi Joe DiMaggio, que foi seu amigo até o fim.Mandou que depositassem rosas vermelhas no túmulo de Marilyn três vezes por semana, para sempre...
Marilyn Monroe na verdade era Norma Jean, a mulher pode trás do mito, Elton John fez uma linda canção que fala muito sobre o que senti conhecendo a verdadeira história dela, ouvindo a música você vai entender melhor, envolver mais de um sentido na compreensão de algo sempre é muito bom.
Depois Elton John reescreveu a canção para Homenagear Lady Di, mas essa é uma outra mulher fascinante e fica para uma outra história.
