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Cronicas-->O PESADELO -- 07/04/2007 - 19:39 (Daniel Viveiros) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Tive um pesadelo horrível.
Sonhei que havia me perdido dentro de meu próprio cérebro!
Acordei em pànico, com sudorese, arritmia cardíaca e a boca seca.
Descobri-me claustrofóbico de mim mesmo!!
Decidi não mais fazer auto-análise, ficou por demais perigoso.
Com medo de voltar a dormir, permaneci horas com os olhos fitos no teto, tentando convencer-me de que tudo não passou de um sonho e que não ficaria detido novamente em meu labirinto cerebral.
Imaginava-me, na manhã seguinte, sendo encontrado em estado catatónico,
babando, os olhos esbugalhados e perdidos no espaço;
e a vizinhança, amigos e parentes comentando: "dormiu bem e não acordou mais! Coitado, está em estado vegetativo".
Os médicos atestariam, com cátedra veemente: "Ele se encontra em um tipo raro de coma auto-induzido"
ou "Ele foi acometido por uma alteração rara de autismo tardio."
Temi a mim mesmo.
Imaginei-me sendo congelado, por piedade paga por amigos e parentes, em uma máquina criogênica a centenas de graus celsius negativos,
ou guardado em um sarcófago ultra-moderno, imerso em hidrogênio líquido,
e que seria esquecido em um galpão qualquer do Estado,
desses em que os remédios adquiridos para farmácias populares ficam até perder a data de validade
ou onde são guardados equipamentos eletrónicos superfaturados que ninguém sabe para que servem e nem quem os comprou.
E após milhares de anos fosse encontrado em uma faxina do governo do futuro, sob toneladas de quinquilharias e materiais obsoletos (como os equipamentos eletrónicos superfaturados) e teias de aranha.
Ou por uma nave alienígena que viesse visitar um planeta irrespirável e desértico.
Os Ets ou uma junta Et-médica especializada se debruçariam sobre mim,
retirariam de meu estómago grãos extintos de feijão e arroz
e se espantariam com aquele homem "pré-contemporàneo" onívoro, intacto,
com órgãos há muito em desuso, como as amígdalas, os molares, os dedos mínimo, resquícios de barba e... um pênis.
Digressões à parte, não pude deixar de divagar sobre os mistérios que escondo no inconsciente.
Nem de ficar decepcionado sobre o quanto desconheço a mim mesmo ou o quanto me falta a chegar a conhecer.
Decidi, entretanto, por esse desconhecer tão desnudado,
não candidatar-me a nenhum cargo político,
nem ser responsável por dinheiro público.
Vai que havendo um inferno, certamente serei sério candidato a uma vaga no caldeirão dos corruptíveis e descrentes,
tendo como punição eterna a sede, fome e tesão infinitos,
enquanto lindas mulheres nuas, pagas com os mensalões de meus vizinhos políticos
desfilarão com garrafas de champanhe francesa a oito graus em uma bandeja com
caviar transbordando em pães francês torrados sem que possa tocar em nada...


Daniel Viveiros®

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