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Poesias-->ELEGIA À GATINHA MIMI -- 28/05/2017 - 16:38 (Benedito Generoso da Costa) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
ELEGIA À GATINHA MIMI



I



Mimi, Mimi, Mimi!

Onde você está?

Estou aqui procurando-a aqui e acolá

Ai, ai, cadê você, Mimi?



II



Mimi, Mimi, Mimi!

Linda gatinha que eu tive

Que pena que não mais vive

Como quisera que estivesse aqui

Aqui e agora junto a mim

Você que foi presente de minha filha

E ao perdê-la foi como banir-me numa Ilha

Onde me encontro numa solidão ruim.



III



Foi trágico o seu fim

Uma morte inesperada

Da morte que sempre é esperada

Mas que nunca é desejada

Que sempre longe estivesse

Oxalá nunca viesse

Levar minha gatinha amada.



IV



Mimi, Mimi, Mimi!

Viveu três meses de vida

Vidinha curta e bem vivida

Quanta alegria me deu

Acaricia-me e era acariciada

Pulava em minha cama de madrugada

E em mim se aconchegava



V



Cheirava-me e rosnava

E encostada em mim dormia

E eu dormia e sonhava

Que o amor nunca tem fim

Belos sonhos de paisagens

Caminhadas e viagens

E Mimi me acordava

No fim dessas paragens.



VI



Que bom se a vida fosse um sonho

E que o sonho fosse a vida

Mas sabemos que é dolorida

A vida para quem não sonha

Quer sonhando ou não

Só uma coisa é certa

Que a morte de boca aberta

Aos viventes abocanha.



VII



A morte sempre encontra a porta

Para roubar-nos o ente querido

E para ela não importa

Quem quer que seja ou a idade

Ceifa sempre a alegria

Deixa-nos apenas lágrimas

Prantos a chorar noite e dia.



VIII



Mimi, Mimi, Mimi!

Quem foi que a matou?

Pergunto, mas sei quem foi

Respondo-lhe e me dói

Foi o Cão autor da morte

Que usou de um consorte

E a sua vida ceifou.



XIX



Mimi, Mimi, Mimi!

Como gostaria que estivesse aqui

Que dor, que vazio, que tristeza

O pranto escorre em minha face

E o silêncio se esconde

Estou aqui e você está aonde?

Mimi! Chamo-lhe e não responde

Percorro a cozinha e a sala.



X



Somente o mudo silêncio fala

E eu me faço de surdo

Porque não quero ouvir nada

Nada me aquece neste quarto frio

Sem Mimi, que sempre foi presente

E pra sempre estará ausente...

Meu Deus que calafrio!



BENEDITO GENEROSO DA COSTA



Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons. Você pode copiar, distribuir, exibir, executar, desde que seja dado crédito ao autor original (Você deve citar a autoria de BENEDITO GENEROSO DA COSTA). Você não pode fazer uso comercial desta obra. Você não pode criar obras derivadas.
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