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Humor-->Mortadela e as Falas de Seu Gula -- 18/09/2001 - 22:27 (Marcelo Finavaro Aniche) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Seu Gula, um senhor simples, casado, sem filhos. Seria alguém normal, se não fosse pela suas manias, suas exclusivas e persistentes manias, que já arrumara-lhe confusões das diversas, que o fizera passar por papéis constrangedores, mas não deixava de ser homem, marido e trabalhador honesto...
Ao acordar pela manhã, olhou para a sua bela esposa e foi para o apartamento de sua vizinha... uma mulher que vendia pratos prontos a ele... ao entrar no apartamento dela...
Saiu ainda de roupão, pois era cedo, pelo corredor de seu prédio, gritando loucamente:
- Mortadela ! Mortadela !
Todos do seu andar acordaram, menos sua esposa, que tinha um sono pesado...
- Fogo ?! – gritavam uns.
- Assalto !? – estremeciam outros.
Mas o Seu Gula não parava nem para olha-los, continuava gritando e correndo pelo corredor, mas ninguém o entendia, como não era muito de conversar ninguém sabia de suas manias. Assim não entendiam o quê gritava freneticamente:
- Mortadela ! Mortadela !
Alguns, por medo, trancaram-se em seus apartamentos, outros ligaram para os bombeiros e polícia, e outros mais ligaram para um hospício...
Os bombeiros chegaram de prontidão, não viram fogo, mas foram decididamente subir o prédio, poderia ser o fogo de alguns dos corredores... subiam e viam as portas trancadas, e alguns gritos, ainda longe:
- Mortadela ! Mortadela !
Correram desesperados para os gritos, e lá estava seu Gula, totalmente desesperado por ajuda, mas os bombeiros não entendo, pois o que poderiam fazer com alguém que não parava de gritar “Mortadela ! Mortadela !”, ligaram e chamaram algumas “pessoas de ajuda pessoal”, assim disseram para o Seu Gula, que não parava de gritar...
- Mortadela ! Mortadela ! – já urrava.
E foram para o departamento de bombeiros, pois não havia mais o que fazer no local... na saída se depararam com policiais fortemente armados, que entravam silenciosamente e muito velozmente no prédio, e logo começavam a subir as escadas, do prédio, sempre em busca dos gritos de Seu Gula:
- Mortadela ! Mortadela !
Encontraram ele, finalmente... tentavam conversar com ele, mas o mesmo apenas dizia, ou melhor, sussurrava pois já estava quase rouco:
- Mortadela ! Mortadela !
Tentaram notificar alguma arma nele, ou se apontavam-lhe alguma arma... nada, mas ele continuava a falar:
- Mortadela ! Mortadela !
Não podiam mais fazer nada, ele não havia cometido nenhum delito para ser preso, mas chamaram alguns médicos de apoio para o Seu Gula...
Saíram do prédio rapidamente, já havia outro dever chamando-os... porém deixaram o pobre Seu Gula sussurrando.
Mas alguns minutos depois chegaram três ambulâncias, e assim alguns médicos entraram no prédio e levaram o Seu Gula amarrado em uma camisa de força, mas não parava de falar:
- Mortadela ! Mortadela !
Sua esposa, que acordara horas depois, pois tinha um sono pesado e duradouro, procurara pelo marido... nada. Resolveu falar com as vizinhas...
- E meu marido ? – perguntava freneticamente – Ele sempre compra alguns mantimentos na vizinha em frente, mas já bati na porta e nada !
As vizinhas, por sua vez, respondiam como se fosse um segredo:
- Ele de manhã estava a gritar igual a um louco, e foi levado para um hospício !
- Mas ele tinha algumas manias de fala... – informou ela – o que ele dizia ?
- Mortadela... – responderam, e algumas cochicharam entre si – essa deve ser mais uma louca !
Logo entendeu, pois seu marido às vezes cortava a palavra ao meio, ou uma parte e repetia a frase até alguém entender... sabia que não era tão comum, alguns médicos confiáveis já até recomendara-lhe alguns remédios fortes, mas ele sempre se recusara a tomá-los...
Foi na vizinha em frente e correu para o hospício aonde estava o seu marido... chegando às portas pediu para falar com ele...
Algumas horas depois seu pedido fora aceito, e caminhara até um quarto totalmente branco, aonde estava seu marido...
- Mortadela ! Mortadela ! – dizia, agora quase sem fôlego.
- Morta, coitada dela... mortadela...
Assim, ele ficou quieto.
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