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Cronicas-->Ser sargento -- 12/04/2007 - 09:12 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Ser sargento

Sérgio Chaves (*)

A literatura está repleta de figuras caricaturais do sargento. Ora, como um militar destituído de qualquer importància, ora como um militar ignorante e mandão. Há muito que o termo "sargentão" incorporou-se ao vocabulário, exprimindo, quase sempre, a figura de um chefe arbitrário, deselegante. Desde os anos 20 do século passado, mercê da Missão Militar Francesa, os sargentos das Forças Armadas são formados e aperfeiçoados em escolas específicas. Entidades mantidas pelo povo brasileiro. Ser sargento, muito mais do que profissão, é vocação. As Forças Armadas são repositório dos mais elevados principias morais.

A simonia não se pode pode instalar em suas fileiras, porquanto viria a enfraquecer a sua dignidade. As Forças Armadas não valem pela capacidade do seu material, mas pelo valor moral dos seus quadros. O subtenente, o sargento que se preza, não transige com a indisciplina. É leal aos superiores, o que não implica apostolado de idéias, é disciplinado sem ser subserviente, sobranceiro, mas não afrontoso. Sabe manter em alto nível os seus argumentos reivindicatórios, não usa adjetivos desrespeitosos. Não pode praticar atos que o humilhem ante seus pares.

Por tudo isto, choca a foto de alguns sargentos da Aeronáutica na capa dos principais jornais do Brasil. Fardas amarfanhadas, deitados, recostados. As atitudes displicentes e desafiadoras, próprias dos que acreditam nas vitórias efêmeras da revolta. Dos que acreditam que novos nomes geram novas coisas. Dos que acreditam que "desmilitarizados" ingressarão num mundo novo. Causa espanto a entrevista do autodenominado líder dos controladores de vóo. Argumentos especiais são apresentados como verdades incontestáveis. Sua própria inadaptação à carreira de sargento como um sentimento geral entre seus pares e o tratamento desrespeitoso aos superiores hierárquicos - a afronta à disciplina - como atos de coragem. Nós, subtenentes e sargentos de todos os tempos, bem sabemos que a balança da justiça nem sempre tem os pratos iguais, mas não será a defesa de interesses disfarçados que irá corrigir tal discrepància.


(*) Subtenente da Reserva Remunerada





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