Editorial da revista Veja, comemorando a edição n. 2000, de 21/3/2007
Para comemorar a edição de número 2000 de VEJA, preparamos um caderno especial com as imagens de todas as capas da revista, de 1968 até hoje. Em meio à s capas, foram destacados os assuntos mais relevantes noticiados por VEJA nessas 2000 semanas. A seleção obedeceu basicamente a dois critérios - o de interesse histórico, caso do fim da Guerra do Vietnã, e o de significado mais circunstancial, como a primeira vez em que o tema "sexo" figurou na capa da revista. Nos comentários, descreve-se de que forma o assunto foi tratado nas páginas da revista e, quando essa necessidade se impõe, quais foram os seus desdobramentos. Ao lançarmos um olhar sobre o tempo que nos separa da criação de VEJA, sobressai a constància, semana após semana, na obediência a certos princípios que definem o que se chama de "linha da revista". Um deles é a busca incessante - muitas vezes até temerária - pela informação exclusiva, confiável e independente. Outro é a preocupação em fornecer ao leitor análise clara e honesta sobre os fatos relatados, contextualizando-os no tempo e no espaço.
O Brasil é o único país do mundo em que uma revista semanal de informação é a revista de maior circulação. VEJA alcançou esse posto graças à aprovação de seu jornalismo por milhões de leitores e milhares de anunciantes, com os quais forma uma comunidade unida na defesa da democracia representativa, das liberdades individuais e da livre iniciativa. De tempos em tempos, é sempre bom lembrar, tais princípios, que nos parecem tão óbvios e defensáveis, sofrem poderosos ataques. VEJA não se distanciou de suas proposições básicas. Diz Roberto Civita, editor de VEJA e presidente do Grupo Abril: "Mesmo quando a bússola oscilou, nunca perdemos de vista o nosso norte. Mais uma vez reafirmo o nosso compromisso fundamental: não importa a intensidade das borrascas, estaremos sempre aqui, firmes, empenhados em fazer bom jornalismo na defesa da democracia, da liberdade e do progresso do Brasil".