Ah...eu poderia jurar que era amor...
Era claro, como água,
Estava certa, pois teus olhos,
Brilhavam como diamantes,
Quando encontravam os meus.
E era assim, de longe
Que te via, te namorava,
Te desejava.
Finalmente nos vimos,
Bem de perto, olhos nos olhos,
Bocas coladas, abraços apertados,
Doces toques.
Mas você se foi.
Eu jurava que era amor,
Mas nesse instante, duvidei.
O tempo passou, e novamente te vi,
Agora, bem mais perto, bem por dentro,
Encaixados, plenos, perfeitamente gozados.
E não tive dúvidas, era amor.
E novamente, sem aceno, partiste,
E novamente, sem aviso, chegavas,
E novamente partias,
Tornando tudo em vales, abismos abissais
Criando em mim, cada vez mais,
A dúvida sobre o amor.
E vivi isso, intensamente,
Dolorosamente.
Mesmo assim, contrariando o óbvio,
Teimava em amar.
E depois, de tantas partidas, mais que chegadas, vi que amor não havia,
Porque amor, é diferente.
Amor fica junto, compartilha,
Se preocupa, se dá.
Amor, é mais chegada que partida,
E se há mais partida que chegada,
Definitivamente,
não é amor.
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