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Contos-->H -- 06/02/2014 - 10:34 (Marcelino Rodriguez) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

HELENA

Pedro nunca iria, pela vida afora, esquecer aquela noite. Ele entrara
de vez na degradação, vencido pelo destino do país, com larga escala
de escuridão nos horizontes humanos. Agora estava querendo sair da
mulher com quem já mal falava. Tornaram-se estranhos, como se fossem
de espécie inimiga. Tinha nojo dela que não o pouvava sequer de soltar
seus ruídos na cama,
Não tinha nenhuma preocupação em ser agradável aquela selvagem. Além
disso, vivia sonhando com a Mona Lisa, o quadro de Leonardo Da Vinci.
Tornara-se um estranho para si mesmo. Naquela noite, queria chegar
tarde em casa, para não enfrentar o olhar de desprezo da mulher, a
quem meio que até já esquecera o nome. Detestava as panelas velhas, as
vasilhas de plástico, a subida do morro e os kilos de mantimentos
estocados como se ela esperasse o fim do mundo. Mais de trinta kilos
de alimentos, com as baratas e ratos a noite passando por cima.

guerreira. Deixa eu pegar um salgado. To com fome.
-- Pode pegar.
Cada uma das mulhers pegou uma coxinha, maionese, ketchup.
-- O Xuxa, vai indo que daqui a pouco a gente se encontra lá. Dá cinco reais
para ela, gatinho, pra inteirar uma pedra.
Pedrodeu o dinheiro, com uma cara cínica.
-- Vai me fazer feliz hoje, hein.
-- E você, homem, bonito. O que tá fazendo ai sozinho? Ta perdido? Tu
parece um gato escaldado.

-- Sou escaldado sim. estou saindo de uma relação que não deu certo.
Tou bastante carente e precisando de carinho. Vai ser boazinha?

-- Vou te dar, Gatinho, bastante carinho. Vamos na casa de meus
amigos. Lá é limpeza. cada um na sua. Tu bebe uma cerveja, eu fico na
onda e a gente faz um amor gostoso. Tou doida pra dar uma cheirada.
Vamos embora que a Xuxa já deve estar lá.
Pedro percebera que não havia saida para ele. Em casa, o inferno. Na
rua, o inferno.
Ao demonio se perderia, então. Danasse.
-- Lá é limpeza, mesmo? Olha lá, não quero problemas. Só quero dar uma relaxada.

-- Sou escaldado sim. estou saindo de uma relação que não deu certo.
Tou bastante carente e precisando de carinho. Vai ser boazinha?

-- Vou te dar, Gatinho, bastante carinho. Vamos na casa de meus
amigos. Lá é limpeza. cada um na sua. Tu bebe uma cerveja, eu fico na
onda e a gente faz um amor gostoso. Tou doida pra dar uma cheirada.
Vamos embora que a Xuxa já deve estar lá.
Pedro percebera que não havia saida para ele. Em casa, o inferno. Na
rua, o inferno.
Ao demonio se perderia, então. Danasse.
-- Lá é limpeza, mesmo? Olha lá, não quero problemas. Só quero dar uma relaxada.

-- Essa é Helena.
Um dos drogados levantou-se, para deixar uma cadeira para ela ao lado de Pedro.
--- Tem pedra? - Perguntou a loura.
-- Tem gata, mas dá pra rolar um stripe? Nosso amigo ai está disposto
a colaborar com a gente. Rola ai um stripe para nós.
Pedro com a deixa não perdeu tempo. Pegou os seios da loura e
puxou-lhe a blusa. Beijou-a na boca e para sua surpresa foi foi
intensamente correspondido. Era um beijo doce, delicado, um dos mais
sublimes beijos femininos que tinha experimentado.

Pedro quase não acreditava. Um pouco de leite sai dos seios dela, doce
e quente, consolador. Ela havi tido bebe a pouco tempo. Helena não era
mesquinha
afetivamente e deixava a Pedro um mundo de delicias, parando apenas
para puxar um pouco sua Pedra. Tampouco se importava de estar ali com
os seios de fora.
Pedro, porém indagava de si para si, como poderia ter saido das trevas
para a luz, exatamente ali, naquele submundo. Helena e seu beijo o
nutriam.

nutriam. Não foi perversa com ele, dando ao mesmo tempo o mel e o fel,
como costumam fazer as mulheres. Era o beijo mais doce, ao menos um
dos mais profundos que já dera na vida. A negra logo voltou
chamando-a.
-- Você me liga, por favor? - Ele estendeu o cartão a ela,
melancólico. Dizia e alizava os cabelos loiros dela.
-- Vou ligar. Pode deixar.
Ele alisava-lhe ainda o que pode do ventre, enquanto ela levantava. O
desejo o fazia sofrer. Apaixonara-se para sempre naquele breve
encontro. Helena foi embora, ainda dando adeus com as mãos, por trás
da negra que fechava o portão .

da negra que fechava o portão . Minutos depois, um dos drogados surtou.
-- O que você quer? Já teve bebida, mulher. Quer dormir aqui?  Vai
embora - pegou um pedaço de pau e a Pedro, o drogado que ainda a pouco
era bom anfitrião havia se transfigurado em dêmonio.
Pedro ganhou a rua escura da madrugada. Nãos abia, no seu intimimo,
se Helena fora uma benção ou uma maldição.  "Domingo preciso ir a
missa" - Dizia de si para si.

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