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Cronicas-->BRASíLIA EM DEZ TEMPOS -- 21/04/2007 - 03:33 (João Ferreira) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
BRASíLIA EM DEZ TEMPOS
João Ferreira
21 de abril de 2007


O Shopping Brasília, situado na W-3 Norte da capital federal, faz neste ano, dez anos de fundação. E quis comemorar seu aniversário, entre outros eventos, com uma exposição de fotografia, aberta no dia 10 de abril e programada para ser encerrada no dia 29 de abril de 2007. A exposição integra a comemoração dos 47 anos da fundação da capital brasileira. O Shopping Brasília é um shopping bem moderno, movimentado, fidalgo, maneirinho, sem tamanhos desmedidos, agradável, espaços corretos, bem aproveitados, decoração e arquitetura apropriados. Tem uma Livraria Siciliano, um Banco do Brasil e as tradicionais Lojas Americanas. Possui muitas lojas de grande calibre, das melhores marcas, bem modernas, no melhor estilo de vanguarda, variadas e bem recheadas, oferecendo artigos finos, desde o sapato ao vestuário, e à perfumaria, e dispõe de uma pragmática praça de alimentação e de vários pontos de café. A Exposição "Brasília em dez tempos" tem o objetivo de mostrar a história da última década da cidade por meio de cliques, formas e volumes.
O local escolhido para a exposição foi o vazio do corredor em frente das Lojas Americanas. Uma exposição bem interessante, pela qualidade do material. Em primeiro lugar, a maneira original de inventar aquele espaço foi uma forma de fazer a exposição onde as técnicas habituais de expor não teriam conseguido. Pendurados, suspensos, móveis, balançantes, estes painéis fotográficos estão ali juntinhos, como se reivindicassem uma autonomia que têm a partir do próprio valor. Assim, o visitante, o observador, circula pertinho, não se atropela, não deixa de ver, não deixa de admirar. Tem a cor à disposição. Tem a arte à disposição. Olha, observa,avalia e passa adiante. Fica mais um pouco, volta atrás, vê detalhes, vê técnicas de fotografia, variações do mesmo tema. Conversa com alguém que está ao lado, consulta o parecer de pessoas sobre peças mais importantes.
Mesmo sendo uma exposição de fotografias sobre Brasília dos últimos dez anos, difícil seria evitar o protagonismo permanente dos grandes ícones de representação histórica da capital. É por isso que temos em vários tempos e figurações a fotografia do veterano arquiteto fundador Oscar Nyemeier. Ora frontal, ora de cigarrilha na boca. Nunca deixando de ser a figura mágica do arquiteto das linhas da fundação. Igualmente, em ponto de destaque, e sempre, lindas, ótimas e surpreendentes, novas fotografias sobre o Congresso nacional. Novas tomadas de perspectiva. Umas vezes com destaque para as torres geminadas, outras vezes sobre as conchas da Càmara e do Senado, outras vezes sobre a rampa. Sempre excelentes, com a arte de um jogo bem sucedido entre a luz e a sombra, entre a perspectiva e a realidade fotografada. Um protagonismo a uma casa que produziu algumas das maiores glórias e algumas das maiores crises modernas da política brasileira, incluindo as dos últimos dez anos. Outro ícone histórico com muitas variações é a catedral arquitetada por Nyemeier, também. Uma obra sempre fascinante na concepção. Para o fotógrafo há, de cada vez, neste monumento primitivo de Brasília, um novo desafio. O equipamento, o àngulo, a posição da máquina, o estado do tempo e do céu, a presença dos vitrais ou não, técnicas especiais tudo conta para uma boa fotografia da catedral. Não falta a foto de Juscelino Fundador aprisionado no pedestal da foice figurado por Nyemeier. Não falta a esplanada dos Ministérios com o visual majestoso, amplo e singular dos prédios ministeriais. A feérica foto do Banco Central em seus reflexos luminosos da noite! Como monumento mais recente, a ponte JK sobre o Lago inaugurada em 2002. De sofisticada engenharia, luminosa, fotografada sob muitos àngulos. Em muitas das fotos, sempre o cuidado especial de registrar o céu poético, extraordinário e policromado de Brasília. Chamando a atenção, um arco-íris abraçando o Congresso Nacional com o Supremo Tribunal Federal. A catedral, mais uma vez, agora, refletida. A roda gigante do Parque Nacional, fotografada em baixa velocidade. Vários horizontes, vários céus, a chuva como temática anexa à apresentação dos ícones, o Teatro Nacional. E entre as tomadas originais, a cruz da primeira missa com a figura acrobática de um atleta de skate. Longínqua, a foto representativa dos dois Candangos da Praça dos Três Poderes. No conjunto, uma exposição que interessa a todos os brasilienses e a todos os brasileiros. Fotos e representações de grande qualidade.

João Ferreira
21 de abril de 2007
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