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Cartas-->Carta Aberta ao Jornalista Walter Galv -- 14/03/2004 - 04:12 (m.s.cardoso xavier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Carta Aberta ao Jornalista Walter Galvão
Autora: Victória Chianca*

Caro Walter Galvão:
Você é um jornalista, tem sua coluna num dos melhores jornais do nordeste, “O Correio da Paraíba”, jornal que tem número de leitores assíduos, mas que nem sempre procuram seus escritos. Esses leitores talvez sejam julgados pelos sensores de números e classificadores do pensamento e medição da cultura dos “outros”, podem estar fora do que se chama cultura. Refiro-me ao artigo publicado recentemente no dito jornal. Da mesma forma que Ariano Suassuna disse do desagrado da cultura externa, você usou e abusou dos termos para discordar do seu pensamento.
É inegável que somos influenciados pelos americanos, porque também somos americanos, é um continente só, filho do Velho Mundo, que por sua vez herdou a civilização européia. Este um dentro do outro. Em proporções diferentes, nos países da América, tivemos as influências do nativo e do negro importado da África.
Toda a América Atlântica recebeu essa influência, uns mais outros menos. Está no sangue, no pensamento nas artes e costumes. Estudiosos como Sílvio Romero, Câmara Cascudo; paraibanos como Neuma Fechine, Altimar Pimentel, Elizabeth Marinheiro, Dadá Gadelha e o nosso Ariano estudaram as influências múltiplas do contato com os estrangeiros, incluindo mouros através da Península Ibérica, que se aprofundaram em busca das raízes. É o folclore, o folguedo, o artesanato, a expressão verbal e corporal, o ritmo, a cadência, o vestuário.
Esses estudiosos merecem todo o respeito não só no Brasil, como no exterior. A francesa Idelete Fonseca teve sua tese baseada em Suassuna em “A Pedra do Reino”. Sucesso diante da Universidade Francesa. Que respeito se deve a um Augusto dos Anjos que saiu daqui para não mais voltar.
Que respeito se deve ter a Ariano Suassuna tratando com palavras de baixo português ou brasileiro, a uma figura que a Paraíba e os paraibanos deveriam agradecer por ser seu conterrâneo e ele não negar, depois de trazer por muito tempo a mágoa que lhe deixou a Revolução de 30, ao perder seu genitor João Suassuna engolido pelas tramas políticas, pela ignorância; o que infelizmente não deixou de se registrar em alguns paraibanos que querem aparecer, deprimindo o maior.
Realmente, sua coluna apareceu e está sendo muito lida. Procurei o termo empregado “gagá”, muito antigo também e popular, mas não encontrei no “Caldas Aulete” pode ser que outro enciclopedista dê o original deste termo.
“Não se atiram pedras em árvores que não dá frutos”
(*) A autora é cronista, poeta paraibana, com livros publicados. Funcionária pública aposentada. Pertence ao Instituto de Genealogia e Heráldica, API e Academia Paraibana de Poesia. Autora do livro de crônicas: João Pessoa e suas Pessoas; do livro de poesia A Moça na Janela e do Opúsculo de Genealogia sobre os Guedes Alcoforado.
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