Taciturnos avermelhados raios da mais nova manhã
Leves contigo a fúria branda que me habita,
Pois o momento mais túrgido de minh’alma avança
E este há de ser o momento mais longo de meus instantes.
Uma batalha impossível a se aproximar,
E não há como fugir do inimigo-eu.
Novos dias hão de nascer e novas raízes hão de crescer,
Mas isto é para os outros, os que passarão.
Sem fúria me sobressaio contra os mais raivosos golpes que poderia desferir,
Um corvo espreita, grilos salteiam, corujas corcoveiam fulgor,
Torno-me um com meu ser.
Os primeiros raios rubros que tocaram minha face tocam agora os ramilhos,
Uma batalha havia sido travada e havia só um corpo,
Mas havia um vencedor e um vencido.
|