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Cronicas-->Ganhar o prêmio maior -- 05/01/2001 - 16:33 (Anizio Canola) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Na mocidade, os castelos de areia parecem tão sólidos. Não existe sonho impossível, nem ponto inatingível. Tudo representa ser viável, ainda que o bom senso aponte na direção contrária à desejada. Uma esperança comum nessa fase é tornar-se rico. Comigo não foi diferente, embora o vil metal nunca fizesse minha cabeça. Pois na realidade sempre valorizei as boas ações humanas, cultivando os sentimentos mais nobres. Certa feita, em Paraguaçu Paulista, o fotógrafo Paulo Ui, meu particular amigo e profundo conhecedor dos signos do zodíaco, leu minha sorte. E vaticinou que, em ponto indeterminado de minha vida, eu receberia o prêmio maior. Sem precisar correr atrás da sorte grande. Pois ela chegaria no momento certo. Na época, uma simples fração contemplada na loteria federal dava para rechear o pé-de-meia. Com o passar do tempo, a situação mudou gradativamente. Ramificando-se as vias de premiação. Em contrapartida, agora uma fração pouco significa e só o bilhete inteiro possibilita uma importància considerável. Na loteca, sena, loto e que tais, ainda é necessário ganhar sozinho. Ou ratear grana com poucos concorrentes. Senão a emoção de acertar os números pode redundar em decepção. "Quem não arrisca, não petisca", diz o ditado. Os anos foram passando e eu (reconheço que comprei poucas frações) não petisquei nada. Melhor negócio faria, se houvesse investido o dinheirinho em coisas mais concretas. Pois se quis ter um veículo, precisei me valer de consórcio. Ou seja, paguei inteiramente o prêmio. Por tais razões, o sonho juvenil de enriquecimento foi ficando de lado. E felizmente tratei de cuidar melhor das realidades da vida. Que pelo menos garantem a subsistência, ao passo que a loteria às vezes é "teimosinha" demais. E não vai com a cara da gente de jeito nenhum. Por outro lado, recentemente submeti-me a exames clínicos de rotina. Conforme acompanhamento dos maravilhosos médicos, Sérgio e Dirceu, que me assistem, desde que sofri derrame cerebral há treze anos. Na ocasião, a tomografia computadorizada registrou um futuro incerto e sombrio. No qual, perder a voz seria uma consequência mínima. A vontade divina, sempre incontestável (e por isso deve ser aceita de um jeito ou de outro), poupou minha vida e permitiu uma recuperação extraodinária. Os resultados são alvissareiros. Isso, devido a Deus, à competência e dedicação da equipe médica, ao estímulo fervoroso de quantos oraram por mim naquele período de angústia. Tudo foi válido, merecendo minha eterna gratidão. O neurologista disse, muito satisfeito, que resultado assim, só é possível a dez por cento dos pacientes. Por sua vez, o médico que logrou estabilizar minha pressão arterial, também maravilhado pela minha melhora, afirmou que acontecimento desse tipo, só ocorre na proporção de um para mil... Agora, estou refletindo melhor sobre esses fatos. Um em mil significa que, de mil casos, só eu consegui a sorte grande. Gente, eu havia ganho o prêmio maior e nem tinha percebido. Porque não há dinheiro da loteria que pague o prolongamento da vida, não é mesmo?
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