"O governo apresentou aos funcionários públicos federais uma proposta de reajuste diferenciado.
As categorias que ganham menos, receberiam gratificações - que, em alguns casos, chegariam a 20%, mas, para isso, segundo o Ministério do Planejamento, o reajuste salarial de todos os funcionários públicos deveria ser inferior a 2,67%. A reivindicação dos servidores é de 127% de aumento".

Isso não parece realidade, mas sonho, ou melhor, pesadelo. Aquele que tanto condenava os governos anteriores por não reporem as perdas dos servidores públicos agora só perde nesse ponto para FHC, que conseguiu exercer dois mandato de puro arrocho com reajuste zero.

Reajuste diferenciado também é um desrespeito aos funcionários melhor qualificados, que ganham mais por exercer funções de maior importância".
Jornal da Globo,Quinta-feira, 18 de Março de 2004

Enquanto isso, o noticiário Classinet anuncia:

"Os reajustes salariais de 57,7% dos trabalhadores brasileiros não conseguiram repor as perdas causadas pela inflação no ano passado. É o pior resultado da série histórica do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos (Dieese), que começou em 1996. Apenas 19,6% das 556 negociações entre patrões e empregados analisadas resultaram em aumentos superiores ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). Outros 22,7% conseguiram empatar com a inflação".
http://www.classinet.com.br/index.htm?conteudo=noticias&news_id=6058

Se reajuste de 57,7% para outros trabalhadores, que não estão sem reposição há tanto tempo como os servidores públicos, ficou abaixo da inflação, pensem agora na situação desse servidores, que têm seu custo de vida aumentado exatamente quanto os outros.

Que espécie de serviço público teremos daqui a mais alguns anos?

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