Quando escrevi “Óbvio lulante! Ou seria a revolução socialista” o tema central foi dissertar acerca das reais intenções de Lula para com o Brasil, no campo da política, visto que alguns companheiros tanto do PT quanto do PSTU não entenderam bem o processo histórico. A revolução armada, no meu entendimento é coisa do passado, quando lutamos contra uma ditadura militar.
Temos aqui na Usina um colega do PSTU que fez comentários críticos e baixos acerca do governo Lula. Talvez ele esperasse a revolução nos moldes do leste europeu. Ou rompesse com o FMI, OMC e outras siglas internacionais e, por fim, desse um tiro no W Bush. Quem não percebeu que o mundo mudou está fora de contexto e tem o discurso com uma defasagem de 50 anos à direita e à esquerda.
O termo "óbvio Lulante" foi usa tão-somente para expressar que é óbvio que Lula não fará a revolução socialista ou dar um golpe e tornar-se ditador.
Com respeito a coligação com o PL também fui contra. Não vejo traição, porque foi discutida internamente. E aceita pelos dois partidos. Traição? De quem seria, do PL ou do PT?
Também acho, sim, que devemos dar o devido tempo. Tanto para Lula como para o Rigotto (PMDB) aqui no Rio Grande. 40 dias é pouco. Cobranças já, cheira-me a radicalismo do PSTU ou retórica de mídia. E olhe que dá mídia. Vide Babá e Heloisa. Ambos admiráveis e respeitosos parlamentares.
Pode ficar certo que o PT cobrará do presidente. Agora, se não tiver jeito, certamente o Zé Maria terá mais votos na próxima eleição para presidente.
Eu ainda estou dando meu voto de confiança ao governo Lula.
“Não vamos cometer o mesmo erro que cometemos com FHC”. Claro que não, mas demos 4 anos para FHC e depois mais quatro. Vamos dar 4 anos ao Lula, aí sim, faremos as devidas cobranças.