A BUNDA
(“Quod abundat non nocet” ou
“O que abunda não prejudica”)
Algumas são bem amenas,_
Outras até exemplares.;
Sejam grandes ou pequenas,
Tanto na terra ou nos mares,
Agitadas ou serenas
E em todos os lugares.
São celebradas em prosa,
São declamadas em verso,
Visualizadas de longe
Ou reveladas de perto.
Há quem prefira grandinha,
Outros preferem “mignon”,
São cobiçadas de fato
Quando “de quatro no ato”,
Têm preferência total,
Chegando a ser nacional.
Até o vate Drummond,
Lá de Itabira mineiro,
“come quieto” e brasileiro,
Com erudição profunda,
Compôs um poema inteiro,
Que tem o nome de “A Bunda”.
Grande poeta, o Drummond,
Que também era de Andrade,
Com seu jeitinho pacato,
Com aparência de frade,
Disse que “ a bunda é a bunda,
Redunda.”
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