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Cronicas-->Quando a bala toma o lugar do voto -- 21/05/2007 - 11:16 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
QUANDO A BALA TOMA O LUGAR DO VOTO.

Glacy Cassou Domingues - Grupo Guararapes.
Fortaleza, 20/05/2007.

A edição de hoje do Jornal O POVO é - APENAS e COMPLETAMENTE - um compêndio sobre a corrupção, a impunidade, enfim um resumo do absoluto caos que o país está vivendo. Até o título que usei é o mesmo do mencionado jornal. Antecipadamente peço que o responsável me desculpe, pois por mais que pensasse em algo diferente para definir a situação, NÃO encontrei. O jornalista Vicente Gioielli que assina a reportagem, merece um prêmio pela análise clara e objetiva, que descreve com absoluta verdade e conhecimento do assunto que aborda.

Diz o jornalista: "a política e a pistolagem sempre andaram de mãos dadas no Ceará". Eu acrescentaria "no país". Também acho que nem sempre um crime precisa de uma pistola para ser concretizado. No país há muito, mas muito tempo, a POLíTICA vem sendo a arma mais mortal e apropriada para resolver casos de corrupção e disputa de PODER. As Excelências criminosas usam a POLíTICA como "remédios jurídicos" para escapar da punição de seus crimes. O povo, menos sofisticado, resolve mesmo é no "pau de fogo" ou na "peixeira," armas mais conhecidas do populacho.

No Ceará, atualmente - não sei se é assim em todo o país - há até um glossário para especificar cada profissional no diagnóstico do crime. CAPANGA - guarda costas do "patrão. CABRA - defende o" "patrão", mas não tem intimidade. PISTOLEIRO - assassino profissional, atende a domicílio. CANGACEIROS - bandos que fazem parte de células independentes. JAGUNÇOS - bandos que atendem uma liderança política. No ato de comprar o voto do eleitor, já fica implícito que está à venda também sua consciência. A organização é feita depois das eleições, conforma a necessidade da Excelência que pagou.

A junção dos TRÊS PODERES na atual feroz batalha travada nos "bastidores", a POLíTICA tem achado no Judiciário com sua bem fornida BOTICA DE REMÉDIOS JURíDICOS, o maior apoio. Dependendo do "meliante" ou do "trabalho", há sempre um "medicamento" adequado. Pode ser prisão domiciliar, liberdade condicional e o "simpático", serviços à comunidade. A bula diz que o(a) meliante fica em liberdade e finge que cumpre "uma sentença jurídica". Acho que cabe a pergunta: "Quem é mais criminoso? O que paga pelo serviço, ou o que presta o serviço? Com a ganància igual do POLíTICO e do ELEITOR - em último caso o responsável pela eleição do bandido - quem REALMENTE deve ser punido?".

Enquanto o presidente e sua EQUIPE ficam brincando de DESGOVERNO criando programas sociais, que não enganam mais nem o povo, o Brasil está muito perto de ser APENAS um valhacouto de DEFICIENTES ÉTICOS e MORAIS, que se digladiam nos microfones das sessões do Senado ou da Càmara; outros, nas falcatruas de licitações que dependem do Executivo ou do Legislativo e agora até do Judiciário. Enquanto isso, os mais graduados APENAS aproveitam a condição de EXCELÊNCIA.

E NÓS que não temos nenhuma ASSOCIAÇÃO para nos defender? As nossas armas? DECÊNCIA - que não fere ninguém; COMPUTADOR - não sei até quando; PALAVRAS - o vento leva. Quando o CRIME toma o lugar do VOTO, só nos resta pedir: SOCORRO, PAPAI DO CÉU!



Obs.: Eu acrescentaria uma frase impecável:

"A política e o crime são a mesma coisa" (personagem Michael Corleone no filme "O Poderoso Chefão 3", interpretado por Al Pacino).

(F.Maier)




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