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Erotico-->O DIÁRIO DE ANA CARLA - XV -- 01/10/2005 - 11:32 (Edmar Guedes Corrêa****) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
O DIÁRIO DE ANA CARLA - XV


Segue abaixo a continuação do DIÁRIO DE ANA CARLA. Para ler a parte anterior clique AQUI
PARA LER O INÍCIO DO DIÁRIO CLIQUE AQUI


Quinta-feira, 08 de fevereiro

Ah, meu diário! Tenho tantas coisas para te contar! Sabe, minha vida se transformou tanto nesses últimos meses. Às vezes, eu fico pensando como é que a vida da gente muda tão rápido. Ontem eu era uma menininha boba, que só pensava em estudar e assisti TV. Hoje eu sou uma mulher cheia de problemas e responsabilidades. Nem tempo para ficar assistindo meus programas favoritos e sair com minhas amigas eu tenho mais.
Agora é preciso levantar cedo, arrumar a casa, fazer lição e arrumar meu irmão para a escola. Depois tenho que esquentar o almoço e me vestir correndo para não chegar atrasada no colégio. Às vezes, eu quase perco a hora de ir para a escola.
E não é só isso. Alem de me preocupar com esses detalhes, ainda fico preocupada com ele. Até na escola, só fico pensando no que ele está fazendo, se a gente vai conseguir se encontrar depois da aula, se ninguém vai ver a gente juntos. Também fico preocupada que meus pais descubram o nosso relacionamento. Eu tenho tanto medo de perder ele.
Para piorar as coisas, minha mãe ainda foi me mudar de horário. Não conheço quase ninguém. Aquelas meninas parecem umas idiotas e só falam babaquice. Você precisa ver. Nem gosto de ficar conversando com elas. Prefiro ficar sozinha, no meu canto, só pensando nele.
Ainda bem que tenho ele. Pois, quando estou com ele, eu me sinto a mulher mais feliz do mundo. Talvez seja por isso que fico impaciente quando fico mais de dois dias sem me encontrar com ele. Ele me acalma e me faz sentir protegida.
Pra você ver, meu diário! Estava tão esquisita que nem tive ânimo para te contar o que se passou nesses dias. Ontem mesmo! Cheguei a te pegar, mas aí minha mãe me chamou, e quando voltei, já estava com sono e sem vontade de te escrever.
Até hoje, no horário da escola, eu estava chateada com ele. Ele disse que,se eu me mudasse para tarde, a gente ia se encontrar com mais freqüência. Só que desde domingo que a gente não tinha se visto mais. Pedi para ele me esperar no anexo secreto que ia dar um pulinho lá depois da aula, mas ele disse que estava trabalhando e que não ia poder sair. Aí eu briguei com ele pelo telefone.
Ontem eu falei que ia ficar esperando ele no anexo secreto, mas ele não apareceu. Voltei chorando para casa. Meu irmão até me perguntou o que tinha acontecido. Mas eu disse que não era nada. E falei para ele que se ele contasse para nossos pais que me viu chorando, eu ia bater nele. Também hoje eu não liguei para ele. Ainda bem que ele me ligou pedindo desculpas. Já estávamos saindo para a escola na hora em que o telefone tocou. Só atendi porque pensei que era a minha mãe. Mas se eu soubesse que era ele não teria atendido.
Ele disse que me ligou para avisar que ia dar um jeito de me encontrar depois da escola. Eu falei para ele que se conseguisse sair mais cedo ia ficar esperando ele no anexo secreto. Ele falou que ia estar lá me esperando.
Por sorte eu saí cedo. Assim que saí, fui correndo para lá. Ele já estava me aguardando.
Cheguei com a maior cara de brava. Queria que ele pensasse que eu estava morrendo de raiva dele. E foi o que ele pensou, porque depois perguntou: “O que te fiz, minha florzinha, para você está assim?” Ai eu respondi: “O quê? Você mentiu pra mim. Você disse que depois que eu mudasse de horário ia ficar mais fácil para a gente se ver, só ainda que não nos encontramos nenhuma vez essa semana”. Só então ele me explicou: “Mas, minha florzinha, tenha paciência! Eu também trabalho. Não posso abandonar o trabalho assim. Já estou dando um jeito de estar disponível mais cedo para a gente se encontrar”.
Sei que ficamos discutindo por mais algum tempo. Depois ele conseguiu me convencer de que eu não tinha motivos para ficar com raiva dele. Aí eu acabei deixando pra lá e pudemos aproveitar o pouco tempo que tínhamos para ficar juntos.
Pena que esse tempo era pouco. Pois senão eu ia querer ir para outro lugar. Porque não sei o que acontece comigo. Toda vez que estou com ele e a gente começa a se beijar eu fico num estado. Parece que acende uma fogueira dentro de mim. Eu fico superexcitada, com vontade que ele agarre meus peitos e me acaricie no meio das pernas. Sem falar que em determinados momentos eu fico louca para sentir aquele pau dele dentro de mim.
Ah! É melhor eu parar de pensar nessas coisas, porque isso já está me deixando molhada.


Sábado, 10 de fevereiro

Depois do Almoço

Ainda bem que não tenho escola hoje. Pelo menos pude levantar um pouco mais tarde. Estava cansada e morrendo de sono. Andava sem vontade para nada. Até você, meu diário, andei te deixando de lado esses dias. Eu sei que você me entende, né? Você sabe o que estou passando.
Não vejo a hora de me encontrar com ele. Estou morrendo de saudades. Quero beijar muito, muito mesmo... Quero sentir aquelas mãos pegando nas minhas, os braços dele me apertando, ah...
Será o que ela está fazendo agora? Será que já saiu do trabalho? Bem que eu poderia ligar para ele.
Acho que vou fazer isso.

Noite

Estou muito cansada. Por isso estou com preguiça de ficar te contando tudo que aconteceu. Já é muito tarde e só estou com vontade de dormir.
Meus tios vieram nos visitar hoje. E saíram agorinha há pouco. Por isso estou te escrevendo tão tarde assim. Apesar de que não aconteceu nada de tão interessante. Ele estava com muita dor de cabeça hoje.
Quando cheguei no Anexo Secreto, ele ainda não estava. Mas não demorou a chegar. E só foi eu olhar para a cara dele para ver que tinha alguma coisa de errada. Ele estava com um semblante diferente.
Perguntei o que ele tinha. Aí ele disse que estava com dor de cabeça. Disse que tinha tomado remédio, mas a dor ainda não tinha passado.
Fiquei com peninha dele. Estava tão dodói. Tadinho.
Ele me abraçou e ficou com a cabeça apoiada no meu ombro. Fiz carinho nele o tempo inteiro.
Percebi que ele nem estava com vontade de muita conversa. Eu até queria que ele me levasse para algum lugar interessante, só que tinha que ser compreensiva. Naquele estado não tinha jeito mesmo.
Depois de meia hora mais ou menos, ele disse que precisa ir à farmácia comprar outro comprimido. Aí nós fomos.
Ele comprou um remédio e tomou ali mesmo. Engoliu aquele comprimido sem água. Ah! Eu odeio tomar comprimidos! Não consigo engolir. Parece que vai entalar na minha garganta.
Depois ficamos mais um pouco sentados no banco da praça, perto do Shopping. Aí ele deitou no banco e apoiou a cabeça no meu colo. Eu fiquei fazendo carinhos nele para ver se a dor passava.
Nossa! Ele parecia tão frágil. Nunca vi ele naquele estado. Parecia uma criança pequena no colo da mãe. Sério! Ele parecia um bebezinho deitado no meu colo.
Senti um prazer enorme em ter ele deitado no meu colo. Claro que eu preferia que ele não estivesse doente. Mas eu me senti mais apaixonada ainda por ele, se é que ainda dá para ficar mais apaixonada. E ele ficou tão quietinho que parecia que estava dormindo.
Mas depois ele se levantou e disse que queria ir para casa. Falei para ele que tudo bem, era melhor mesmo, pois assim ele tomava outro comprimido e deitava. Amanhã eu quero ele bonzinho para mim. E foi o que ele fez.
Aí acabei chegando mais cedo em casa. E quando entrei dei de cara com meus tios.
Minha tia me deixou toda sem graça. Quando entrei e cumprimentei eles, minha tia perguntou de onde estava vindo. Falei que era da casa de uma colega. Aí minha mãe falou: “Não sei que tanto essa menina faz na casa da Marcela”. Então minha tia disse brincando: “Vai ver que ela tem um namoradinho por lá”.
Nossa! Na hora em que ela me disse isso, fiquei vermelha e muda. Não sabia onde enfiar a cara. Só consegui dar uma risadinha sem graça.
Acho que minha mãe desconfiou de alguma coisa. Ela não disse nada, mas do jeito que fiquei qualquer um teria percebido.
Tenho que tomar mais cuidado daqui para frente. Só espero que ela não venha me perguntar nada.


Domingo, 11 de fevereiro

Cedo

Ah, que bom! Hoje não precisei acordar cedo nem arrumar a casa. Minha mãe está em casa.
Acabei de acordar. Deve ser mais de dez horas. Mas ainda vou ficar um pouquinho na cama escrevendo. Quero te contar algumas coisas.
Está chegando o carnaval. Preciso pensar em alguma coisa para sair de casa e me encontrar com ele. Acho que ele não vai trabalhar nem segunda nem terça-feira, que é feriado. De forma que vamos poder ficar juntos o dia todo. Só preciso pensar numa forma de sair de casa. Ainda tenho uma semana para pensar nisso.
Sabe meu diário! A gente se encontra, fica juntos, vai para algum lugar escondido e faz amor, mas não sei o que está acontecendo. Estou sentido falta de ficar na cama com ele. É a coisa mais gostosa do mundo fazer amor com ele, mas eu queria poder ficar deitada na coma, os dois peladinhos. Eu queria ficar deitada nos braços dele, como da primeira vez em que fizemos amor. Aquela vez foi inesquecível, foi a melhor de todas. Eu queria ficar assim. Eu queria sentir o corpo dele em cima do meu. Queria que depois a gente não precisasse se vestir tão rápido. Queria que a gente continuasse juntinhos, unido um ao outro.
Bem que ele podia arrumar um lugar para a gente ficar. Ah, eu queria passar assim a tarde toda na cama com ele. Queria me sentir sua mulher de verdade. Ah, como ia ser bom! Ia ser um sonho.
Vou tocar no assunto com ele. Vou perguntar para ele se não consegue um lugar assim para a gente. Podia até ser na casa dele, não tem problema. Queria voltar lá e deitar naquela cama. Ah, quantas lembranças tenho dela! Quando a gente se casar vou pedir para ele levar aquela cama, só para ter ela de recordação da nossa primeira vez.
Toda vez que olhar para ela, vou me lembrar dele deitando em cima de mim e daquele pau grande tirando a minha virgindade. Ah, fiquei com tanto medo! Nunca vou me esquecer disso. Como eu era bobinha, mesmo! Achar que o pau dele não ia caber dentro de mim. Ah, como eu queria voltar àquela cama!


Noite

Estou frustrada, muito frustrada mesmo! Pensei que ia passar uma tarde maravilhosa com ele, mas deu tudo errado. Não sei porque às vezes as coisas dão tão erradas. A gente planeja, prepara tudo e no fim nada sai como o planejado. Aí a gente fica estressada, morrendo de raiva, como se a vida fosse uma droga.
Combinamos de nos encontrar às quatro horas no anexo secreto. Agora toda vez que a gente vai se encontrar já marca de se encontrar lá. Já virou hábito isso. Mas até é bom porque assim a gente não precisa ficar pensando num lugar para se encontrar. Até prefiro que seja assim mesmo. Acho aquele lugar o lugar mais especial da cidade. Sempre que me lembrar de algum lugar aqui no Guarujá, vou sempre me lembrar do nosso anexo secreto. Será que quando a gente ficar velhos ele ainda via existir? Será que não vão demolir ele para construir outra coisa? Ah, se isso acontecer vou ficar muito triste. Vai ser um pedaço da nossa vida que terá sido destruído.
Tentei sair de casa no horário para não chegar atrasada, mas minha mãe inventou de ir na casa da costureira, a dona Nazaré, para que ela costurasse um vestido e algumas roupas do meu pai. E ela cismou de me levar junto.
Eu disse que não queria ir, inventei que estava cansada, e até que tinha lição para fazer, mas não teve jeito. Ele disse que era para eu acompanhar ela. Enfim tive que ir.
Só que pensei que a gente não ia demorar por lá. Mas me enganei completamente. Quando saímos de lá já era mais de quatro horas. E para complicar, minha mãe ainda veio com ela andando devagar até perto de casa. Parecia até que ela estava fazendo aquilo de propósito. Eu doida para chegar correndo em casa e elas andando a passos de tartaruga, como se as duas não tivessem mais nada para fazer.
Já estava ficando desesperada. Entrei em casa correndo e tomei o banho mais rápido da minha vida. Acho que não gastei nem cinco minutos para ficar pronta.
Quando eu já estava prontinha para sair, minha mãe quis saber aonde eu ia. Menti para ela dizendo que ia passear no centro com a Marcela. Ainda me deu um sermão como soubesse que eu estava fazendo algo errado e depois me mandou ir correndo à padaria comprar pão e leite.
Tive que ir né! Fazer o quê? Chego lá não tinha pão. Tive que esperar mais uns três ou quatro minutos até sair mais pão. Nossa! Fiquei doidinha na padaria. Fiquei andando de um lugar para outro. A todo o momento perguntava a menina do balcão se o pão já tinha saído. Ela deve ter pensado: “Essa menina está morrendo de fome, para estar com tanta pressa assim...”.
Voltei correndo para casa com o pão e o leite, joguei em cima da mesa e sai. Minha mãe perguntou porque tanta pressa. Aí eu respondi que estava atrasada, que tinha combinado de me encontrar com a Marcela às cinco horas na casa dela e saí correndo. Olhei no relógio e já era dez para as cinco horas.
No ponto fiquei desesperada. Quase entrei em pânico. O tempo parecia voar e nada de aparecer um ônibus. Eles já demoram adoidado, ainda mais no domingo quando eles diminuem a metade dos ônibus.
Quando finalmente desci no centro do Guarujá e olhei no relógio mais uma vez já eram cinco e vinte. Sai correndo igual uma louca pela rua em direção ao anexo secreto. No caminho pensei: ele deve está morrendo de raiva e pensando que não venho mais.
Chego lá cadê ele? Não estava. Fiquei desesperada. Eu não sabia se ele tinha já tinha vindo e ido embora, se só tinha ido a algum lugar ali por perto, ou se também não tinha aparecido. Fiquei sem saber o que fazer.
Esperei ele por alguns minutos. Nossa! Parecia que eu ia ter um troço. Meu coração estava disparado e eu estava até com vontade de chorar. Ah, como eu estava com raiva da minha mãe! Minha vontade era de matar ela. Te juro, meu diário! Na hora meu deu tanta raiva, que fiquei mesmo com vontade de matar minha mãe. Sei que isso parece até pecado, mas era o que eu sentia. Se ele estivesse com raiva de mim, a culpa seria toda dela. Por que ela teve que me levar na costureira? Eu não tinha nada para fazer lá.
A única coisa que passou pela minha cabeça foi telefonar para ele. Sai dali e fui procurar orelhão. Eu não tinha cartão telefônico e só estava com o dinheiro da passagem no bolso. Portanto ia ter que ligar a cobrar para o celular dele.
Devia estar sem crédito porque não aceitou minha ligação. Então resolvi ligar para a casa dele. Só tinha feito isso uma vez, mas ia ter que fazer de novo.
Acho que foi a mãe dele quem atendeu. Perguntei por ele e ela disse que ele não estava. Fiquei mais desesperada ainda. Agora o que eu ia fazer? Onde ele poderia estar? Com certeza ele estava com raiva de mim.
Fiquei andando por ali a procura dele. Andei pelo calçadão da praia, entrei no shopping, procurei nas ruas ali perto e nem sinal dele. Parecia até que ele tinha se escondido de mim.
Tentei pensar onde ele poderia estar, mas eu não fazia a menor idéia. Fiquei tão desesperada, me senti tão triste e com raiva da minha mãe que sentei num banco e comecei a chorar. Foi horrível. Nem sei o que passou pela minha cabeça naquele momento. Só sei que me senti como se ele tivesse me abandonado. Eu sabia que a culpa não era dele, mas eu só conseguia chorar.
Quando começou escurecer, liguei para o celular dele. Mesma coisa. Ai, resolvi ligar mais uma vez para a casa dele. A mesma pessoa atendeu e disse que ele ainda não tinha chegado. Perguntou se eu não queria deixar recado. Na hora pensei em não deixar, mas acabei mudando de idéia. Disse para ela falar para ele que a Ana Carla havia telefonado. Só espero que não tenha feito besteira. Também ele nunca me disse para não dizer meu nome. Da outra vez tinha dito que era uma aluna. Mas dessa vez preferi deixar bem claro quem tinha telefonado.
Vi que não tinha mais jeito. Nosso encontro tinha ido por água abaixo.
Voltei para casa morrendo de ódio da minha mão. Prometi para mim mesmo que ia ficar um tempão sem falar com ela. Ia chegar em casa, me trancar no meu quarto e não ia querer falar com ninguém. E foi o que fiz.
Por isso estou te contando tudo isso, meu diário! Preciso desabafar com alguém.
Estou morrendo de medo de que ele esteja com raiva de mim. Vou falar para ele que não foi culpa minha. Vou explicar tudinho para ele. Sei que ele vai me compreender.
Também se não compreender, que vá à merda! Vou pedir desculpa. Se quiser me perdoar bem, se não quiser também o azar é dele.
Vou dormir agora!


Segunda-feira, 12 de fevereiro.

Ainda bem que tudo terminou bem. Também, assim que acordei fui correndo telefonar para ele. Ele atendeu com a maior frieza. Aí eu expliquei para ele tudo que aconteceu e disse para ele não ficar com raiva de mim. Ele disse que estava chateado, mas que não estava com raiva. Que se a culpa não era minha, então tudo bem.
Perguntei onde ele estava ontem que não achava ele em lugar nenhum. Aí ele disse que ficou me esperando por uma hora. Então ele pensou que eu não ia mais e foi até a casa dum amigo que encontrou por acaso ali no centro.
Disse que estava morrendo de saudades dele e queria me encontrar com ele. Aí ele disse que hoje seria impossível porque ia trabalhar o dia todo, mas que amanhã vai estar disponível à tarde toda. Aí eu disse que vou dar um jeito de sair da escola antes do final da aula para me encontrar com ele. Ele disse que tudo bem. Que é para eu ligar confirmando o horário.
Ah, meu diário! Fiquei morrendo de medo de que ele não quisesse falar comigo. Quando peguei no telefone para ligar para ele, meu coração estava disparado.
Acho que estou ficando louca. A cada dia está ficando mais difícil esconder esse amor. Já nem sei mais o que faço para que as pessoas não percebam o que está acontecendo. Sábado, quando minha tia fez aquele comentário, quase morri de susto. Tenho certeza que ela descobriu que estou namorando. Até minha mãe deve ter percebido pela minha reação. Ela não é boba. Pode não ter falado nada, mas está desconfiada. Já estou vendo a hora em que ela vai chegar e me perguntar com quem estou namorando. Tenho que me preparar para inventar uma história. Preciso inventar algo em que ela acredite, algo que não deixa a menor dúvida.
Só não sei se converso com ele sobre isso, ou se tento resolver esse assunto sozinha. Por enquanto não vou dizer nada a ele. Mas se minha mãe começar a fazer perguntas vou ter que contar para ele. Assim ele me ajuda a arrumar uma saída.
Bem que a gente poderia ter se encontrado hoje. Saí cedo da escola. Só tive as duas primeiras aulas. Já apensou. A gente poderia ter ficado um tempão juntos. Aposto como amanhã vou sair cedo novamente. Só depois do carnaval que a gente vai ter todas as aulas. Até lá os professores vão enrolar a gente. Eles fazem isso todos os anos.
Vou deitar porque amanhã preciso me preparar para me encontrar com ele. Ao invés de calça jeans, vou usar uma saia. Acho que vou vestir aquele azulzinha que é bem folgada. Assim, se a gente tiver oportunidade de fazer alguma coisa, fica mais fácil.
Vou ficar pensando nele na cama, antes de dormir.


Terça-feira, 13 de fevereiro

Hoje cometemos uma das maiores loucuras da minha vida. Não sei o que deu em mim. Só sei que estava com tanta vontade de fazer amor com ele e de sentir prazer que nem pensei nas conseqüências. Mas ele também não.
Agora estou com medo novamente. Tínhamos prometido um ao outro que não íamos transar sem camisinha, mas hoje aconteceu.
Estou arrependida. Muito arrependida mesmo! Até a próxima menstruação vou ficar com medo de estar grávida, como da outra vez. Ainda bem que daqui a uns dez dias mais ou menos a minha menstruação vem.
Merda! Por que fui agir daquela forma? A gente poderia ter dado outro jeito. Ele poderia ter me levado para outro lugar. Ele também poderia ter comprado uma camisinha antes.
E se alguém passa e vê? Meu Deus! A gente estaria ferrada!
Bem. Agora também não adiante ficar se lamentando. Já aconteceu mesmo!
Ah, meu diário! Deixa eu te contar como foi.
Eu saí da escola e fui ao encontro dele. Ficamos de nos encontrar no anexo secreto, como sempre.
A gente não tinha muito tempo porque e tinha que chegar em casa no horário. Se chegasse muito tarde, minha mãe ia ficar preocupada e ia querer saber onde eu estava. Mas como eu só tive duas aulas, fui correndo ao encontro dele.
Ele já estava me esperando.
Quando cheguei, ele me abraçou, me beijou e depois disse que estava linda com aquela blusinha florida e com a saia justa. Na verdade eu estava com a camiseta do colégio por cima, mas tirei assim que sai da escola. Ontem eu pensei em usar minha saia larga, mas ela estava molhada. Aí acabei pegando uma outra mais justa.
Como o tempo estava com cara de chuva e não havia ninguém andando pelo calçadão, resolvemos sentar num banco ali perto no calçadão. Era um banquinho meio escondido, atrás dumas árvores.
Ele sentou no banco de comprido e pôs uma perna de cada lado. Aí eu sentei de frente no colo dele. A gente começou a se beijar e ele a alisar minhas pernas. Então a gente ficou excitado imediatamente.
Eu comecei a sentir o pau duro dele por baixo do shorts. Aí eu comecei a imaginar aquele pau no meio das minhas pernas, deslizando na minha xana. Nossa! Eu comecei a ficar com tanta vontade que fiquei louquinha.
Acho que perdi o controle quando ele começou a me acariciar por cima da calcinha. Só sei que teve uma hora que falei para ele: “Eu não agüento mais”. Aí eu comecei a me levantar e depois falei: “Quero te sentir dentro de mim”. Ele me olhou surpreso, depois falou: “Mas aqui não dá!”.
Mas eu queria tanto que não me dei por vencida. Foi aí que não pensei nas conseqüências. Então falei: “Vamos dar um jeito. Estou morrendo de vontade”.
Ele insistiu que ali não era um lugar adequado, mas acabei convencendo ele. Ele sabe que, quando quero uma coisa, ele não consegue dizer não. Não sei se é só ele que é assim ou se são todos os homens que nessas horas não sabem dizer não. Só sei que consegui o que queria.
Levantei rapidamente, olhei para os lados. Um casal que tinha acabado de passar pela gente e olhado de forma meio desconfiado. Mas só se eles virassem para me ver. De forma que levantei um pouco a saia e puxei rapidamente a calcinha para baixo e tirei ela. Então guardei ela na mochila. Aí para deixar ele mais louquinho ainda, parei na frente dele e levantei a saia para ele ver minha xaninha.
Eu tinha certeza que isso ia funcionar. Ele me chamou de louca e eu chamei e ele medroso.
Ah, meu diário! Se aquilo tudo já era loucura, mais loucura eu fiz depois que sentei no colo dele. Nem esperei ele tomar a iniciativa. Só sei que ele me chamou de louca novamente. Aí só para mostrar que eu era realmente louca, enfiei a mão por dentro do short dele e tirei o pau dele para fora.
Não perdi tempo. Também nem poderíamos perder tempo. Quanto mais rápido acabar com aquilo melhor. Apesar de que nem me lembrava mais que estava num lugar público. Era como se estivéssemos num local bem deserto.
Só sei que ajeitei o pau dele, me levantei um pouquinho e à medida que me soltei ele foi entrando dentro de mim. Ah! Que delícia! Nossa! Eu estava com muita vontade! Eu já não agüentava mais. Como ele disse uma vez, eu parecia uma cadela no cio.
Eu abracei ele, ele me abraçou também e comecei a me mexer no colo dele. Foi rápido, muito rápido mesmo. Acho que não duraram três minutos. De repente, senti aquele calor, aquele desespero e gozei. Ah, que gozo mais incrível! Que coisa mais louca!
Ele continuou me empurrando e me puxando. Aí eu também continuei. Sabia que ele queria gozar, portanto era meu dever continuar até que ele conseguisse. Pela cara dele, pela força e me empurrava e me puxava pelos quadris, não ia demorar a gozar também.
Nossa! Ele deve ter sentido muito prazer! Porque nunca tinha visto ele gemer daquela forma. Parecia que ia desmaiar.
Sei que ainda sou uma menina ainda inexperiente, mas tinha vontade de saber se os homens sentem mais prazer que as mulheres. Nossa! Quando estou gozando, sinto tanto prazer que nem sei explicar. Só que não faço tanto escândalo quanto ele. Quando ele está gozando, parece que está morrendo. Ele geme e fica num desespero. É até engraçado. Por isso fico imaginando o tamanho do prazer que ele sente. A impressão que tenho é de que ele sente mais prazer do que eu. Mas será que ele ainda sente mais prazer do que eu? Acho difícil. Pois parece que não dá para sentir mais prazer do que sinto. Ah! Acho que já estou falando besteira, né?
E depois para eu me levantar? Porque assim que a gente gozou é que fomos perceber a loucura que tínhamos feito. Aí eu fiquei morrendo de medo de me levantar e alguém ver. Eu sentia aquela coisa escorrendo, mas não podia fazer nada. De forma que olhei para um lado, depois para o outro e me levantei rapidamente. Abri a mochila, peguei minha calcinha de volta e me limpei com ela. Depois falei para ele que precisava ir até a beira d’água para lavar ela. Foi o que fiz.
Pouco depois voltei correndo para casa, pois já estava meio tarde.
Agora estou aqui, morrendo de medo de estar grávida. Meu deus! Tenho que aprender a me controlar. Senão qualquer dia a gente faz uma loucura e eu fico grávida de vez. Aí vamos estar os dois ferrados.
É melhor eu nem pensar nisso!


PARA COMPREENDER MELHOR O DIÁRIO LEIA A HISTÓRIA DE ANA CARLA EM: A MENINA DO ÔNIBUS
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