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cronicas-->A Dança dos Nomes (I) -- 27/05/2007 - 01:16 (Beatriz Cruz) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
A Dança dos Nomes (I)


Antigamente era costume dar às crianças o nome dos pais ou avós. Depois começaram a escolher outros, que achavam mais bonitos por causa da sonoridade ou do significado. Embora alguns sejam eternos e usados em boa parte do mundo, como os bíblicos, podemos notar que eles também variam conforme a época. Aparecem e desaparecem.
Felizmente não me chamaram Eudóxia, como minha avó, nem Gertrudes como a bisavó. Se assim fosse, hoje eu seria Dócia ou Tudinha, já pensou?
Minhas colegas de escola tinham nomes que agora não vemos tanto, como Lúcia, Isabel, Verónica, Conceição, Isaura, Leda, Zuleica e os meninos eram Mauro, Paulo, Francisco, Orlando, Henrique, Roberto, Nicolau.
Nos anos setenta, quase todos os garotinhos eram registrados como Marcelo e as menininhas, Cláudia. Passados uns tempos, veio a onda dos Mateus, Matias, Gabriéis, Tiagos, Carlas, Adrianas, Cristianas e Fernandas.
Combinações como Ana Maria, Ana Lúcia e Vera Lúcia nunca saíram de moda, enquanto outras andam esquecidas, como Regina Helena, Ana Cristina, Ângela Maria, Maria do Carmo, Maria Dulce, José Augusto, Carlos Eduardo, Maria Tereza, José Roberto, Luís Antonio, Maria da Graça ou Maria da Glória.
José Maria e seu contrário Maria José sempre foram esporádicos.
Hoje temos inúmeras meninas chamadas Luciana, Ana Carolina, Maria Eduarda, Tatiana, Roberta, Joana, Mariana, Taís, Júlia, Paula, Vanessa, Andressa, Jéssica, Marina, Karina, Daniela, Viviane, Manuela, Rafaela, Gabriela, Isabela.
Meninos modernos voltaram a ter nomes antigos, como João, Pedro, Rafael, Gustavo e Daniel.
Nove entre dez meninas nascidas no século 21 chamam-se Vitória ou Luíza.
Nhanhã, Mariquinha, Maricota, Cotinha, Janjão, Pepê, Tonico, Zequinha e Quinzinho eram apelidos corriqueiros no tempo de minha mãe. Eu conheci outros, como Cadu, Chico, Quico, Gegê, Gigi, Malu, Lili, Dudu, Caíto, Cacá e Mané. Hoje os jovens usam Gabi, Carol, Ju, Nat, Rafa, Drica, Duda, Dado, Rica, Manu, Jó, Tetê, Vivi, Cris, Fafá, Tom, Mari, Naná.
Muitos Brunos e Brunas, de cabelos aloirados, circulam por aí, assim como Biancas um tanto escurinhas que vieram substituir as antigas Marias Claras, conhecidas como Clarinhas.
Atualmente é mais fácil encontrar uma Iasmin do que uma Guiomar, uma Fabiana do que uma Odete. Melissa e Flora são mais comuns do que Margarida, Deise ou Margareth.
Dianas viraram Dianes, as Reginas, Regianes e as Rosanas transformaram-se em Roseanas.
Renatinhos hoje são Renês. Ditos e Ditas, já de uma certa idade, agora respondem por Benês.
Heitor, Osvaldo, Oscar, Clodoaldo, Clodomiro e Bentinho não figuram na lista dos jovens.
Em compensação, conheço muitos garotinhos chamados Renan, Raí e Ronaldinho. Mas é o João Vítor quem ganha o prêmio no Brasil atual.
Aparecidas, mesmo que recatadas, nunca deixaram de aparecer. Josés tampouco saem de moda.
Maria não faz mais composição com outros nomes, brilha sozinha.
Anastácias, Eufrásias, Eponinas, Escolásticas, Josefinas, Purezas, do Carmo, das Dores, dos Anjos pararam no tempo, mas pode ser que um dia sejam resgatadas.
Antonieta, Laura e Beatriz, embora pouco usuais, conseguiram atravessar os séculos sem muitas alternàncias.
Beatriz, a amada de Dante, aquela destinada a ser feliz, não muda nem em outras terras. É Beatriz no Brasil e em países de língua espanhola. Beatrice (Beatriche) na Itália, Béatrice na França e "Biatris" na Inglaterra e Portugal.
E ainda há na Holanda a coroada Beatrix.
Minha xará.




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