Se minhas palavras se perderem
Na tentativa baldada
De dizer o quanto meus sentidos querem
E precisam de ti, amada,
Perdoa-me.
Se meu coração, cego pelo que não vejo,
Pela fúria fundada na falta de teu beijo,
Conduzir-me por versos de desejo ,
Perdoa-me.
Perdoa-me, pelas palavras sem pejo:
Elas são mais que devaneios...
Se disser quer sonho com teus seios,
Teu ventre, tuas pernas, teus braços,
Tua forma casta de sorrir, teus suspiros indefessos...
Perdoa-me.
Mas será paixão verdadeira,
Se disser que a tua física ausência
É a ferida derradeira
Que me faz morrer e renascer em tua essência.
©Anderson Christofoletti
acnik@ig.com.br |