Querida Socorro

 

Nossa Antologia já circula por aqui. E os cinqüenta exemplares que encomendei ao Guima já se foram todos. Restou “um” para mim.

Se eu pestanejasse, nem ficaria com ele.

Creio que as pessoas à minha volta sentiram-se orgulhosas por ver alguém de seu meio rotineiro, em uma antologia de âmbito nacional, colorida  e em preto e branco...

É compreensível.

Mas, o que me traz ao correio da Usina é outra questão.

A primeira a ser presenteada com a antologia foi minha comadre, Maria do Carmo, pessoa humilde e de extrema bondade, vizinha ao lado e sempre me apoiou, dando opinião sobre meus escritos. Por essa razão, fiz questão absoluta de contemplá-la primeiro.

Comadre Maria, ao ler a sua parte no livro, sentiu uma emoção repentina, não só pela sua forma de escrever, mas pela afinidade natal. Ela nasceu na Paraíba e tem muitos familiares por lá.

Independente disso, ela vibrou com todos os textos, em prosa ou verso, que você escreveu e disse-me que não conseguia explicar o porquê de tanta emoção.

Esses são os frutos de algo feito sem interesses escusos... De outra forma, minha doce comadre talvez nunca pudesse alcançar sua arte.

Creio que precisava passar para você, cara amiga, este momento significativo.

 

Fico por aqui.

Beijos!

Milene