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Cartas-->Aos meus possíveis 20 leitores -- 22/10/2001 - 16:12 (Ayra on) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Como vai caro leitor. Se você está lendo este texto, saiba que faz parte de uma elite bem seleta de meus, em média, 20 leitores.

Inicialmente gostaria de pedir desculpas ao autor José Pedro, pois me apropriei indevidamente de uma de suas idéias sem autorização. Portanto, neste texto farei as devidas citações. O termo "autor/leitor" (PEDRO, 2000) foi utilizado pelo mesmo para designar os leitores potenciais de um texto escrito no Usina de Letras.

Navegando em seus textos notei que este autor já soma leituras mediando a 70 por texto. Seu texto menos lido (5 leituras) contrapõe-se ao seu texto mais lido (135 leitura?), o que não diminui em nada sua competência neste site. Mas ser lido também não quer dizer que é melhor por ter esse número de leituras. As bases para isso estão em dois textos do autor.

Sou leitor do distinto autor já faz uns 8 meses e suas traduções são de um nível invejável.

Parabéns. Se você chegou até aqui é porque, de alguma forma prendi sua atenção e/ou você tem um hábito diferenciado. A leitura de autores "obscuros", por vezes chegam a acrescentar novas informações.

Publicar livros no Brasil tornou-se tão difícil quanto vende-los. Várias tentativas de vendas alternativas foram tentadas, algumas com sucesso, mas a sua maioria recai em fracasso total. Portanto, o que fará um autor que, não tem o trato maravilhado de um texto? Para aqueles que não pleiteiam uma cadeira na academia brasileira de letras, esse é o local. Afinal de contas, nunca ouvi falar de premio Nobel Virtual. Talvez por isso eu seja tão democrático. Tentando não melindrar outro de nossos autores, Bruno Freitas, em um de seus cordiais e-mails falou-me assim:
"(...) correndo o risco de perder uma maravilha da literatura (...)" E muitas vezes ele me foi assim, uma maravilha da literatura. Afinal, Os Miseráveis é um ótimo livro, mas os Textos para serem lidos Of line. Lamentável é saber que o texto foi retirado do usina sem que eu pudesse compreende-lo em seu total. Uma obra maravilhosa, porém perdida.
Imagine-nos perdendo um texto fantástico de Zorca por ter sido escrito no quadro de avisos. Outra possibilidade é, um autor pouco lido ou odiado pode ter escrito um texto bom e este ser perdido por um banimento. Ou uma autor medíocre como eu que, em um momento de luz, escreveu linhas que seus netos um dia poderiam se orgulhar... impossível? Pode ser, mas falaram o mesmo de Augustos dos Anjos e seu “Eu”. Lembro também que Van Gogh vendeu apenas um quadro em vida para seu irmão, que era também o seu mecenas e cara que pagava as contas.

Sobre o problema de beirar o "inacreditável", é uma idéia baseada em José Pedro. Em um de seus textos de título "Reflexões Usineiras (2)" o autor apresenta a idéia que, até então me pareciam muito claras. Para cada texto publicado no usina, com as devidas ressalvas (eróticos, cartas e eu acrescentaria títulos iniciados com a palavra amor na página de poesias), temos 20 leituras em média. Dessas vinte leituras (visualizações), 7 são leituras que, como você leitor que chegou até aqui, são realmente leituras. Realmente é possível chegar a 3000 leituras em 2 anos. Se verdade o for, péssimo eu e um número grandioso de escritores desse site. Acrescentaria na análise do colega os conceitos de "dado/informação/conhecimento/inteligência".

O dado é a menor partícula de uma informação. Geralmente se confunde o dado com o bit, menor partícula de um programa (mesmo este podendo ser considerado também, neste fundamento, um dado), mas o conceito de dado vai além desta concepção. Utilizando de exemplos, uma pintura qualquer é antes formada de “cores”, portanto a cor é a menor partícula da informação existente no quadro... é o dado do quadro.

A união dos dados gera a informação. A informação é o conteúdo completa de dados, utilizada ou não, registrada, cuja tarefa é implementar o conhecimento.
O conhecimento é a união de informações variadas, sobre especificidades ou universalidades (esta última mais complicada nos tempos de hoje, haja visto que a produção de informação é quase sem limites desde o boom da imprensa, Gutemberg et all). É possível obter conhecimento de vários assuntos, mesmo que esses não tenham nenhuma ligação. O que dará a ligação será a inteligência.

A mente humana acumula o conhecimento, o que isso reflete diretamente em seu modo de agir. Diferente do computador, que mesmo utilizando uma “inteligência artificial” (não considero tal “inteligência” no sentido que abordo inteligência neste artigo/carta) analisa ocorrências, testa possibilidades e executa função – esta melhorada, a mente humana de sua forma executa a mesma tarefa com as propriedades de valores, sentimentos, egos, ids e superegos, sociedades e convenções entre outros. O elemento homem é agente passivo e ativo no próprio processo de inteligência.

O Processo de Inteligência, processo esse cumulativo, na utilização dos conhecimentos. Os conhecimentos, unidos a si de maneira interdisciplinar e cumulativamente devem ser utilizados, seja na forma de busca de novas informações ou conhecimentos, no ensinamento, na manufatura, na criação artística, etc.

Pooper simplificou esse processo reduzindo-o aos seus chamados 3 mundos. O primeiro mundo, o das coisas representadas em suas formas, externo aos sentidos do indivíduo. O segundo mundo, o das percepções. Individual e simbólico, este reside na mente. O terceiro, mas não o último, é o da representação (ou nas palavras do autor, “o externar”) da própria concepção de mundo, registrando-o de alguma forma. Isso gera um ciclo infinito e auto-alimentavel, visto que cada nova visão proporcionará infinitas outras visões e infinitos externares.

Neste princípio, a leitura de treze leitores dos vinte leitores “freqüentes” (seriam os mesmos leitores sempre?) poderia ser considerada uma leitura em dados, cuja simples visualização do primeiro parágrafo (ou do tamanho do texto) já satisfaria a necessidade. Em seguida, sete leitores cuja leitura é informacional (hora latente, hora consciente), creio que buscam informações relevantes, mas não em seu completo. Navegam cegos sem saber o que pretendem e acabam encalhando em nossas ilhas. Isso acontece quando algum “autor/leitor” deseja saber das rinhas entre usineiros ou ler os clones ou até mesmo um assunto cujo título foi, de sua maneira, atrativo. Acontece também quando um "autor/leitor" entra na busca deste site procurando uma citação em textos de colegas, por exemplo. A leitura total também pode ser apenas informativa.
Quanto ao conhecimento Usineiro este fica complicado analisar. Não se sabe realmente quem acumula algo lido aqui, afinal de contas onde estão as responsabilidades e propriedades de pensamento. Citam Hegel, Max, Proust, Aristóteles e Chacrinha... Apagai esse parágrafo... devaneio meu.

Fácil ou mais complicado ainda falar sobre a “Inteligência Usineira”. Esta que surge “vaidosa” e as vezes é “pura mão”, sem nenhum trabalho “intelectual” ou produção artística. É o registro de uma visão ÚNICA de mundo. Nem sempre pode ser literário (e qual é o conceito de literário em voga?), mas é único. Uns dias acordarão para a mina monstruosa, torta as vezes, mas magnífica que nós, cegos em caverna de Platão, simplesmente não conseguimos ver. Eu gostaria de deixar meu nome nisso, e um dia ser chamado de “diplomata fracassado” nas linhas da história, em textos bem escritos por autores que respeito, em textos ruins, escrito por autores que respeito, em textos péssimos escritos por autores que respeito.
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