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cronicas-->Mamãe, eu quero mamar... e dar um cacete no Serra... -- 13/06/2007 - 12:13 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Mamãe eu quero mamar, para ficar forte e dar um cacete no Serra

por Neil Ferreira em 13 de junho de 2007

Resumo: Findo um dia de ação democrática-popular-revolucionária na USP, os mauricinhos e granfininhos pegam os carros que o papai deu quando passaram no vestiba, param no boteco para "umazinha" e voltam para o colinho terno e macio da mamãe. Precisam de uma reconfortante mamadeira, que amanhã tem mais.

© 2007 MidiaSemMascara.org


Granfininhos e mauricinhos invadiram a reitoria da Daslusp há mais de um mês, com a desculpa de lutar contra decretos do Serra, na opinião deles perigosos para a autonomia da universidade. O professor Dallari, ex-petista com a boca torta por um cachimbo que pitou por 26 anos, fornece aos invasores a estratégia para o combate. A baderna é claramente contra o Serra e não a favor da universidade.

Além de peitar Serra, querem funcionários votando na escolha do reitor. Exigem um monte de outras coisas, como o fornecimento de mais habitações e chegaram ao requinte de colocar o café da manhã na lista.

Estudam na universidade pública de maior reputação neççepaíz e impõem a concessão de casa e comida para a corriola. Serra, que já foi presidente da une, prova o veneno que receitou na juventude. Sua atuação como líder estudantil obrigou-o a exilar-se no Chile, quando os milicos tomaram de assalto o poder, porque achavam que a política era importante demais para ficar só nas mãos dos políticos.

Quem passa ao lado da Daslusp , vê um grupo de edifícios com as paredes quase completamente pichadas, varais com roupas penduradas e pensa logo que é uma favela. É uma favela. Aquilo chama-se Crusp. É onde deveriam morar estudantes de outras cidades ou com comprovada carência económica. Alguns preenchem os requisitos. Outros abancam-se com suas companheiras, deixam a natureza seguir o seu curso, fazem filhos (qual renans e mónicas, nem desconfiam que isso acontece) e reclamam da falta de espaço. Querem alojamentos mais amplos e mais confortáveis. Nada mais justo. Há funcionários residindo lá para sempre, não se sabe como conseguiram. Nada mais justo. Há espaços ocupados pelo mst em caráter permanente, para reuniões de planejamento, sabe-se lá o que o mst planeja. Nada mais justo.

Um "estudante" que fazia claque numa passeata falou numa rádio que tem 34 anos, 13 de USP, mora há 12 no Crusp. Não se forma para não ter que sair e batalhar emprego. (Não há empregos, os 10 milhões de empregos do lulla foram um programa de tv). Continua morando digrátis. Óbvio que com todo esse "tempo de casa" tem direitos adquiridos. Nada mais justo.

Para esses espécimes, os mauricinhos e granfininhos logo estarão exigindo bolsa-esmola por isonomia. Nada mais justo.

O movimento dito suprapartidário deixa escapar com exagero de decibéis palavras de ordem do psol, pstu e de alas mais "raízes" do pt. "Raiz é mandioca", diz o "ministro" gil. Há apoio da cut, à qual são filiados os sindicatos dos empregados e dos professores. Por coincidência, essas entidades manifestaram-se a favor do cumpañero chávez, quando ele fechou a única tv de oposição da Venezuela e chamou os senadores brasileiros de loros de Guashington ("papagaios de Washington").

As agressões ao professor Abdala, de Física, que insistiu em cumprir a sua missão de dar aulas, eram mais que previstas. Alunos que enfrentaram duríssimos vestibulares, sem a moleza das cotas e "autoritariamente" desejam assistir aulas, são impedidos com democráticas porradas. O sindicato dos professores fez terrorismo contra a população indefesa ao paralisar a Paulista e a cidade. O programa político do PSTU na tv antecipou a bagunça. Se alguém foi pego com as calças na mão é porque quis, ou era cúmplice.

Findo um dia de ação democrática-popular-revolucionária, os mauricinhos e granfininhos pegam os carros que o papai deu quando passaram no vestiba, param no boteco para "umazinha" e voltam para o colinho terno e macio da mamãe. Precisam de uma reconfortante mamadeira, que amanhã tem mais.

Ser de esquerda, além de custar muito caro, dá um trabalhão desgraçado. E ainda tem reaça que fica tirando com a cara deles.


Publicado pelo Diário do Comércio em 08/06/2007




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