Progranas sensacionalistas na televisão existem às mancheias. Entre os piores está o programa do Ratinho, um político oportunista que encontrou espaço na mídia, e manobra a cabeça de boa parte da população brasileira. E é justamente sobre isso que gostaríamos de discorrer neste espaço, ainda que correndo o risco de receber pedradas de alguns leitores. Mas vamos ao que interessa.
O que conjeturamos aqui faz parte de nossa experiência em sala de aula, em conversas com profissionais, com amigos. Se nos propomos a uma crítica reflexiva a respeito de tal programa de televisão, compramos briga com a maioria dessas pessoas. Numa sala de aula, a metade, pelo menos, se volta contra nós. E alguns chegam ao ponto de serem agressivos. E também nos preocupa o fato de nossos jovens, no caso, estarem com a mente tão escrava da mídia. Infelizmente esta é a realidade.
Se o digníssimo apresentador presta ajuda às pessoas, os nossos telespectadores acreditam que ele é o "bonzinho", e não percebem que existe toda uma produção por trás de tudo, que há patrocinadores, que há interesses de conquistar cada vez mais o público televisivo. O apresentador poderia ser ele ou qualquer outra pessoa, e o programa efetuar as mesmas benesses aos necessitados. A ignorância do povo é tamanha que as pessoas se tornam cegas - ou não querem ver -, e acreditam em tudo que lhes empurram goela abaixo pela televisão.
Não somos contra a ajuda prestada a quem necessita, seja nesse ou em tantos outros programas similares que existem por aí, só não concordamos com o fato de os telespectadores acreditarem em tudo, se deixarem levar e escravisar pela mídia, que manobra principalmente a opinião de nossos jovens.
Maurício Apolinário |