Palavras...
Inicialmente vazias,desconexas,
soltas no espaço como folhas de outono.
Num crescendo incessante
tornaram-se frases aparentemente claras,
Agigantaram-se, tornaram-se lógicas.
Pareciam ditadas por nobre sentimento
Como que saídas dos confins do peito...
Sempre, e a cada oportunidade,
Afirmavam e reafirmavam
Algo, para mim, até então utópico.
Ainda assim, a elas me entreguei...
Passei então, a viver delas, nelas e para elas!
Como se fora um elemento essencial
À minha sobrevivência, sorvia-as...
Sucederam-se os dias e aquelas frases lógicas
Aparentemente claras, tornaram-se desconexas,
Vazias...eram novamente...
Palavras!
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