A busca constante pela paz não é de hoje. Já são muitos os capítulos escritos ao longo da história que descrevem as diversas tentativas do homem de viver em harmonia. Através de acordos elaborados pelos mais influentes líderes que, uma vez assinados, iludem a população, o ser humano tenta dar uma trégua à violência que nos assola desde uma época muito anterior a Cristo. Temos que tomar consciência de que o fim dos conflitos humanos só ocorrerá quando soubermos aceitar as diferenças religiosas, étnicas e também estéticas existentes entre nós.
É normal andarmos pelas ruas dos grandes centros urbanos - tanto nacionais quanto mundiais - e depararmos com pessoas marginalizadas, principalmente por falta de oportunidades e prestes a entrar no mundo do crime. Na maioria das vezes são cidadãos ignorados pela sociedade por não se enquadrarem nas inaceitáveis diretrizes criadas pelo homem.
Analisemos a situação interna, aqui no Brasil. Nosso país tem um contingente de cerca de doze milhões de desempregados. Um grande número - digo isso porque muitos já fazem parte da criminalidade - procura postos nos classificados, onde empregadores anunciam ofertas de trabalho. Não é difícil encontrar, nesses anúncios, requisitos do tipo “boa aparência”, que são, indiretamente, métodos de praticar o racismo e a discriminação.
Alguém que tenha sofrido um acidente e em conseqüência, perdido algum membro importante de seu corpo, é discernido pela sociedade em geral e dificilmente conseguirá fixar-se em um emprego. Assim acontece com negros, hispânicos e descendentes indígenas que não se enquadram nos perfis de um uma pessoa com “boa aparência”.
O conceito de beldade, aos olhos de muitos, se resume apenas à anatomia do corpo humano; nos traços e nas curvas. Sendo porém herdada, nossa fisionomia é desenhada no momento da concepção, quando pai e mãe trocam características que serão repassadas para o ser que há de nascer. Logo não podemos optar por ser magro, gordo, loiro, moreno, alto ou baixo, tudo que podemos é nos aceitar, pois todo ser humano é belo. A feiura está nos olhos de quem não vê a beleza.
