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Artigos-->A SEGUNDA CHANCE -- 21/02/2003 - 08:29 (BRUNO CALIL FONSECA) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
A SEGUNDA CHANCE





Havia um homem muito rico, possuía muitos bens, uma grande fazenda,

muito gado e vários empregados a seu serviço. Tinha ele um único filho,

um único herdeiro, que, ao contrário do pai, não gostava de trabalho nem

de compromissos. O que ele mais gostava era de festas, estar com seus

amigos e de ser bajulado por eles. Seu pai sempre o advertia que seus

amigos só estavam ao seu lado enquanto ele tivesse o que lhes oferecer,

depois o abandonariam. Os insistentes conselhos do pai lhe retiniam os

ouvidos e logo se ausentava sem dar o mínimo de atenção.

Um dia o velho pai, já avançado na idade, disse aos seus empregados para

construírem um pequeno celeiro e dentro do celeiro ele mesmo fez uma

forca, e junto a ela, uma placa com os dizeres:

"Para você nunca mais desprezar as palavras de seu pai". Mais tarde

chamou o filho, o levou ate o celeiro e disse:

"- Meu filho, eu já estou velho e quando eu partir, você tomará conta de

tudo o que é meu, e sei qual será o seu futuro. Você vai deixar a

fazenda nas mãos dos empregados e irá gastar todo o dinheiro com seus

amigos; poderá vender os animais e os bens para se sustentar, e quando

não tiver mais dinheiro, seus amigos vão se afastar de você. E quando

você não tiver mais nada, vai se arrepender amargamente de não ter me

dado ouvidos. É por isso que eu construí esta forca. Sim, ela é para

você, e quero que você me prometa que se acontecer o que eu disse, você

se enforcará nela."

O jovem riu, achou absurdo, mas, para não contrariar o pai, prometeu e

pensou que jamais isso pudesse ocorrer.

O tempo passou, o pai morreu e seu filho tomou conta de tudo, mas assim

como se havia previsto, o jovem gastou tudo, vendeu os bens, perdeu os

amigos e a própria dignidade. Desesperado e aflito, começou a refletir

sobre a sua vida e viu que havia sido um tolo, lembrou-se do pai e

começou a chorar e dizer :

- Ah, meu pai, se eu tivesse ouvido os teus conselhos, mas agora é

tarde, é tarde demais.

Pesaroso, o jovem levantou os olhos e longe avistou o pequeno celeiro.

Era a única coisa que lhe restava. A passos lentos se dirigiu até lá e,

entrando, viu a forca e a placa empoeirada e disse:

- Eu nunca segui as palavras do meu pai, não pude alegrá-lo quando

estava vivo, mas pelo menos esta vez vou fazer a vontade dele: vou

cumprir minha promessa, não me resta mais nada.

Então subiu nos degraus, colocou a corda no pescoço, e disse:

- Ah se eu tivesse uma nova chance...

Então pulou, sentiu por um instante a corda apertar sua garganta, mas o

braço da forca era oco e quebrou-se facilmente. O rapaz caiu no chão, e

sobre ele caíam jóias, esmeraldas, pérolas, diamantes... A forca estava

cheia de pedras preciosas, e um bilhete que dizia:

- "Essa é a sua nova chance. Eu te Amo muito. Seu pai".

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