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Cordel-->Falando com os nôvo amigos -- 22/04/2002 - 10:01 (Zé Limeira) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Falando com os nôvo amigo


Eu me chamo Zélimêra,
Sô preto da co de mé,
A morte do Danié
Mi dexô cuma zonzêra.
Num sô de fazê bestêra,
Mas cuma ele escrivinhô,
Seu coração estorô,
E ele viro cavêra,
Pru mode uma varejêra
Depressa ressuscitô.

Ele morreu de amô,
Escrufulando as catimba,
Amô também tem mandinga,
Jesus foi quem declarô.
E todo mundo escuitô,
E tufando o peito dixe:
Sarapatel de maxixe
É mió duquê pamonha,
Nunca morra de vergonha..
Quem fô fraco que se lixe!

Dumingo de Olivêra
É cabra escrivinhadô,
É pueta e é dotô,
Parece uma tucandêra.
Inaço da Catinguêra
Falô prá Saõ Binidito
Qui achava o céu bunito,
Mas num quiria morrê,
Lampião mandô dizê
Qui já tocô no apito.

Mané antônho Bomfim,
Bom poeta nordestino,
Nasceu, e virô minino,
Dispois rapaiz, e por fim,
Virô um pueta assim
Vistindo um côuro de bode,
Sê pueta é prá quem pode,
Num é prá quem tem vontade,
Se quizé toda verdade
Pode pruguntá prá mim.

Geraldo Lyra e Menestré,
Já tem lyra inté no nome,
A mágua que lhe consome
É num sê violoncé,
Foi num lenço de papé
Qui escrivinhô seu defenso,
As veiz eu sonhando penso
Qui vi, sem nunca te visto,
Um véio falando isto
Num turibo de incenso.

Diz qui o Rubêno Macelo,
Vai cantá na academia,
Na manhã do sexto dia
Com seu traquejo singelo.
A procela e o procelo,
O vento, as onda, o arripio,
A calumbage qui o frio
Faz no meu côuro moreno,
Preto da cô do sereno
Atibungando num rio.

E tem esse meste Egido,
Qui arresorveu sê dotô,
Nas ciêça qui êu criô...
Ô Ciarense fudido.
De cavanhaque cumprido
Quiném um pai de chiquêro,
Já foi cabra escopetêro,
E chêi de marcas de faca,
E agora tá cum a macaca,
Cantando nesse terrêro.

Tem um hôme de esmêro:
José Mário martinêz,
Um radialista chinez
Qui nasceu na Argentina,
É prufessô em capina,
Esse é professô-Dotô,
Tem humildade e Valô,
Na Unicamp é cordelista,
Além de bom sonetista,
Foi jagunço sim sinhô.

Adispois este Preto continua. A lista que Danié mandô é grande. O Dotô tá prucurando cada um, e lendo mode eu ôví, e adispois ditá mode ele escrivinhá.

Este preto tem o fôigo de sete gato.

Limêrinha do Tauá.
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