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Cronicas-->Carona de avião -- 22/06/2007 - 14:19 (Beatriz Cruz) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Carona de avião


Viajando sempre de carona, só uma única vez tivemos problemas. Fomos deixados no meio da estrada. Sem conseguir alguém que se apiedasse de nós, começamos a temer que o dia se acabasse antes que chegássemos a qualquer lugar habitado. Ao examinarmos os mapas, descobrimos que o vilarejo mais próximo encontrava-se a uns bons quilómetros. Sem alternativas, pusemos o pé na estradinha secundária e não cruzamos com nenhum carro. Horas depois, chegamos exaustos em Auerbach.
Instalamo-nos em uma pensão que nos pareceu a melhor do mundo. Depois do jantar, dormimos sob acolchoados de plumas, os mais quentes e leves que jamais conheci.
Na manhã seguinte, refeitos do cansaço, achamos mais prudente nos munir de alguns petiscos antes de ir para a estrada. Enquanto meus amigos foram ao supermercado, fiquei me abastecendo na pensão.
Tomava tranquilamente um chá com torradas quando a dona da casa veio conversar comigo. Como as primeiras perguntas eram sempre as mesmas, respondi e a senhora se entusiasmou, mas chegamos a um ponto em que eu não podia mais continuar, embora compreendesse o que ela desejava saber. Eu havia dito que estudávamos na França e tínhamos chegado até ali de carona. Percebendo que não levávamos jeito de franceses, ela espantou-se.
Tive que explicar, com poucas palavras e muita gesticulação, que éramos brasileiros. A alemã, então, ficou mais surpresa ainda e imitando meu modo de falar, perguntou incrédula:

_ Brasília... Deutschland ... auto-stop?!
_ Nein! Nein! eu disse e me levantei da cadeira.
Brasília ... Deutschland... ... Lufthansa!
Enquanto falava, fui balançando os braços para melhor exemplificar meu discurso.
_ Ya, ya! A senhora compreendia perfeitamente.

Mas meus amigos, que voltaram naquele instante, caíram na gargalhada.
Não conseguiam entender por que eu tentava levantar vóo no meio daquela sala...
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