A mulher pode fazer xixi em pé? Sem se molhar ou errar a pontaria? Claro que sim. O que até ontem era um privilégio estritamente masculino, hoje será estendido ao universo feminino com o lançamento do Higgfly, um cone de papel descartável, que permite que a mulher urine em pé, justamente para que faça uso dos sanitários públicos ou de uso coletivo sem qualquer risco. O produto entra no mercado com a aprovação do cientista Elsimar Coutinho e da cantora Ivete Sangalo, que decidiram incentivar o uso do condutor urinário feminino.
“A primeira vez que usei foi no banheiro do camarim do trio elétrico, durante o Carnaval em Salvador. Achei estranho, mas tentei logo de primeira e deu supercerto”. O depoimento é de Ivete Sangalo que, depois de experimentar, acabou virando garota-propaganda do Higgfly. Sua imagem vai estar na campanha publicitária em TV, out-door, revistas e ainda em displays e folhetos, que serão distribuídos em pontos de vendas, como farmácias, supermercados e lojas de conveniência.
Revolução
“Trata-se de uma revolução no dia-a-dia da mulher, mais uma conquista, tão importante quanto o surgimento do absorvente íntimo, que também trouxe mais liberdade”, garante o criador da idéia e fabricante, Luís Fernando Monteiro
Salvador é a primeira cidade a comercializar o produto, que pode ser encontrado instalado em sanitários de shoppings, restaurantes e bares da cidade, máquinas de auto-serviço, disponibilizando a unidade do produto em troca de uma moeda de R$ 0,25.
Mais saúde
“Usem, façam dele um objeto necessário nas suas vidas. É muito prático, higiênico e saudável e nos ajuda a prevenir doenças”. A opinião da cantora Ivete Sangalo é dividida com o cientista baiano Elsimar Coutinho. Para ele, “o uso de um dispositivo descartável, que ofereça à mulher a possibilidade de urinar sem tocar nos utensílios, deve ser encorajada”. O médico também vai participar da campanha com o objetivo de esclarecer a população sobre os problemas de saúde, que podem ser causados pelo uso dos sanitários coletivos, quase sempre contaminados por bactérias, fungos e vírus, que provocam corrimentos vaginais e outras doenças.
Elsimar afirma que a utilização do vaso sanitário, previamente usado por pessoas portadoras de doenças transmissíveis por contato, como o herpes genital, por exemplo, é fonte potencial de contágio pelo contato com o assento do vaso. “A contaminação também pode ocorrer pelos respingos da água que fica no fundo do vaso”, complementa Elsimar. E a prevenção, como sempre, é a arma no combate a várias doenças.
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