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Cronicas-->"Advogado do Diabo" e "Médico do Diabo"... -- 26/06/2007 - 18:48 (Geraldo Lyra) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Aí por volta de 1954, era xepeiro na Casa do Estudante de Pernambuco, no Bairro do Derby. Mas,apenas fazia refeições na CEP, uma vez que me hospedei na Pensão Auriverde, na rua Paissandu, onde fui companheiro do maranhense Obede e do potiguar de Jardim do Seridó, o João Paulo, entre outros, sendo que dividia o mesmo quarto com José Figueiroa Neto, do interior de Pernambuco.
Dentre os que, naquele tempo, residiam na Auriverde, havia um chamado Duarte, que estudava Medicina (a exemplo do João Paulo) e era tido como muito inteligente: sendo o que menos estudava, tirava as melhores notas. Bastava a ele- tudo indica - assistir às aulas...
Na imprensa, então, foi noticiado que, no Rio, o advogado Leopoldo Heitor - que passou a ser chamado de "Advogado do Diabo" - assassinou e deu sumiço no corpo de Danna de Teffé (se não me engano de origem tcheca), ex-esposa de um diplomata brasileiro.
Consta que a "gringa" procurou o escritório de advocacia em que estagiava o Leopoldo Heitor, a quem foi apresentada.
Muito inteligente, tanto que na Faculdade de Direito, foi convidado pelo Profressor de Direito Penal para asessorá-lo, tendo (segundo noticiado pela imprensa), muitas vezes substituído o Mestre, nas faltas deste, ninguém poderia imaginar que um advogado como ele, com futuro promissor, fosse tentado - pela ambição desmedida - de se apropriar dos bens daquela mulher que procurou seus préstimos profissionais, visando o desquite de seu esposo (ainda não havia divórcio), a ponto de aproveitar uma viagem de carro a São Paulo, para dar fim na cliente (talvez seduzida...), e, até hoje o corpo da inditosa estrangeira não foi encontrado!
Leopoldo Heitor, o chamado "advogado do Diabo", chegou a ser condenado no Tribunal do Júri, nesse caso do "crime sem cadáver". Mas, fugiu para o Uruguai. Na volta, passou algum tempo preso. Porém, graças a vários recursos e chincanas, terminou seus dias em liberdade.
Tanta inteligência desperdiçada! Ele não era o tipo lombrosiano do "criminoso nato" (que a Ciência prova não existir). Entretanto, cometeu tal monstruosidade, na sua primeira causa como criminalista, tanto que é tido, na história criminal brasileira, como autor de crime quase perfeito!
A propósito, quem souber aonde foi enterrado o corpo da vítima, fineza, "data venia", telefonar para a Polícia, que "seu nome será mantido em sigilo", como "Na Linha Direta", da TV-Globo.
A citação inicial do estudante de Medicina Duarte, nada tem a ver com crime: foi, somente, uma associação de idéias, devido à inteligência
de ambos, Leopoldo e Duarte. Ainda bem que o pernambucano não se transformou em outro Dr. Osmany Ramos, "o médico do Diabo"!
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