Fiquei feliz com teu e-mail.
Mais, ainda, com a calorosa solicitação de que eu escreva pra você.
E escrevo. Viu?
Saboreava um “hot-dog” a ver Caetano, numa entrevista ao Fantástico.
Há pessoas que envelhecem e ficam mais belas.
Caetano é assim...
Beta, Gal, Chico, Milton... Também.
Será por que são artistas?
Certamente!
Ao artista a matéria comum não atinge, pois o espírito sobrepuja as adversidades cotidianas. Está além...
“Muito além daquela serra que ainda azula no horizonte”... Mesmo sem Iracema...
De que falava eu, mesmo? Ah! Da entrevista de Caetano. Tão belo, numa fluidez dum discurso peculiar, desses “sem lenço sem documento, no sol de quase dezembro".
Mas, "minha paixão há de brilhar na noite, no céu de uma cidade do interior como um objeto não identificado", "atrás do trio elétrico", tentando achar “Baby! Baby!” para dizer que "vivemos na melhor Cidade da América do Sul"... Com "chuvas de verão, suor e cerveja" a me tornarem um ébrio "debaixo dos caracóis de seus cabelos", onde eu viro um "Leãozinho" manso... Acordo e só quero ver "Irene rir... Irene rir... Irene rir..."
Eu me amarro mesmo é nestes imprevistos de percurso, isto é, discurso... Ia escrevinhar-te poucas linhas. Surge-me Caetano na telinha e... Bateu uma doce saudade de minha adolescência. Deu pra entender?
Ia escrever apenas que, após o almoço, tomei coragem e fiz um passeio turístico por esta “Cidade Maravilhosa”... É preciso certa dose de heroísmo para sair, atualmente, pelo Rio. Felizmente, tudo deu certo e a violência, se houve, estava escondida... Creio que a medalha de ouro, de nossa Daiane, conseguiu amenizar a ação criminosa dos bandidos.
Foi um belo passeio. Como sempre, a Floresta da Tijuca continua com aquele frescor maravilhoso; Cristo Redentor imponente sobre a Baía, com seu eterno abraço... E Niterói, do outro lado, ostentando a taça mística de seu Museu de Arte Contemporânea...
Lindo!
Lindo!
Lindo!