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Cronicas-->Meus professores -- 03/07/2007 - 18:09 (AROLDO A MEDEIROS) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Meus professores

Ao visitar minha cidade natal, encontrei, na missa, a minha professora do quarto ano primário. Passou em minha mente a imagem de todas as professoras e professores, desde o primário até o científico.
Comecei a aprender a ler e escrever com a Dona Cleusa. Uma mulher paciente e simpática. Ela deu aula no primeiro e segundo anos. No primeiro ano fiquei com o primeiro lugar da sala de aula e no segundo ano com o segundo, pouco Caxias ou C.D.F. que eu era, heim?
No terceiro ano tive como mestra a dona Rosali. Mulher ríspida e exigente. Continuei a cair de produção e fiquei com o terceiro lugar.
No quarto ano primário ficou com a incumbência de passar os seus ensinamentos a Dona Zali. Quando a encontrei na missa deu vontade de chorar ao lembrar-me que sem elas, as professoras, eu não seria nada na vida. Deu vontade de conversar bastante com ela. Contar-lhe por tudo o que passei e perscrutar a vida dela. Percebi que mesmo um pouco doente, ela não perdeu a alegria de viver. Na igreja ela procura o apoio de Deus para ajudá-la a vencer as agruras da vida. Conversei um pouco com ela e me passou a simpatia que sempre lhe foi peculiar. Neste quarto ano fiquei com o quarto lugar, mas é como se fosse o segundo, pois os três primeiros empataram na média final.
Depois do primário vieram o ginásio e o científico que são fases bem mais exigentes, o que nos obriga a ter uma dose maior de doação aos estudos. Já não é mais um só professor por ano letivo e sim de quatro a oito se não me engano. Cada professor tinha a sua peculiaridade, que com carinho tentarei colocar no papel.
Começamos com o seu Jairo que foi diretor do Colégio. Ele foi professor de Inglês e Biologia, andava sempre sério e compenetrado em seus afazeres. Competente professor, era querido por todos, mesmo mantendo certa distància, digamos que se chama distància aluno-professor.
A Dona Natércia quando lecionou Matemática estava com problemas de audição e nós que não éramos tolos, aproveitávamos para nas provas passarmos e pegarmos respostas dos colegas, numa conversa não audível por ela.
Dona Maria José foi a primeira paixão dos alunos, pois tinha umas pernas bonitas e que não as escondia, deixando os alunos com os olhos esbugalhados.
A Dona Maria da Penha era expert em História. Contava estórias da história como se fossem gostosos causos, o que prendia a atenção de todos e o aprendizado era rápido e completo.
Doutor Márcio lecionou Biologia. Dentista formado tem o dom da retórica e ainda hoje dá palestras em vários eventos.
O Doutor Sérgio era o professor bonachão e querido, um pouco, digamos, bastante diferente de sua esposa, Mara Isabel. Essa conseguiu me deixar em segunda época em Química, pela primeira e única vez. Tive que receber aulas particulares em outro município para poder ser aprovado.
Dona Maria Serafina foi a professora que fez com que eu passasse a gostar da matéria Português. Nos cinco minutos finais da aula os alunos pegavam os livros e faziam leitura silenciosa. Dona Maria Serafina percorria a sala chamando a atenção quando percebia a menor mexida nos músculos labiais de algum aluno.
A Dona Wanda era francesa de nascença e ficou muito fácil nos ensinar a língua mais romàntica do planeta. Cheguei até a aprender a música Aline, que era cantada por todos os alunos na sala de aula.
Deixei por último para falar da mais simpática, querida e bela mulher negra, a matemática Dona Elza. Todos os que estudaram com ela passaram a gostar da matéria que é odiada pela maioria dos alunos.
Sei que devo ter esquecido de alguns professores, por isso peço desculpas e sei que todos foram fundamentais na minha vida e consequentemente na da minha família. Agradeço a todos e peço a Deus que ajude aos que estão entre nós. Aos outros que já se foram sei que estão ao lado de Deus e dos anjos. Esta crónica é uma homenagem singela aos meus irmãos Lourdinha, Lucimar e Adilton, professores de Geografia, Português e Administração, respectivamente.

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